Em abril do ano passado a Folha fez matéria destacando que o canteiro central da avenida Anhaia Mello, no distrito do São Lucas, próximo às futuras estações da Linha 15 prata do monotrilho, São Lucas e Camilo Haddad, estava abandonado. A falta de seguranças e de trabalhadores nos trechos fazia com que os locais servissem para o descarte de lixo e entulho, além disso, o mato alto envolvia os pilares do transporte. Na ocasião, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô informou que iria aumentar a fiscalização. Entretanto, passados nove meses, a situação piorou. O canteiro central da Anhaia Mello tem pontos degradados e o terreno onde será construída uma das subestações de energia do monotrilho, na esquina da avenida com a rua Carlos César, virou uma espécie de lixão.
“Não sei quem derrubou o muro do terreno, se foi o próprio Metrô ou alguém que despeja entulho. Mas a verdade é que a área virou um aterro sanitário. Diariamente caminhões vão até o local para jogar grande quantidade de entulho. Algumas pessoas também aproveitam a situação e despejam tudo que é tipo de lixo. A vizinhança está incomodada com isso. O local era uma loja de carros, o Metrô desapropriou faz um bom tempo e abandonou. Se não era para começar a obra, para que tirar de imediato o comércio de lá?”, indaga uma moradora da via que quer ser identificada apenas como Antonia.
Outra reclamação é quanto aos tapumes caídos no meio da avenida. “Muitos carroceiros estão jogando entulho e lixo no canteiro central da Anhaia Mello. E, para isso, derrubam tapumes no meio da pista. As chuvas e os ventos também levam esses objetos ao chão. Mas, além de não ter segurança para coibir, ainda não aparece ninguém para arrumar. Tem tapume caído no meio da avenida há quase dois meses, gerando risco de acidentes”, declara o vendedor Mauro César Oliveira.
A falta de vigias ao longo da obra fica clara em alguns trechos onde lojas de automóveis estacionam veículos no canteiro central. “Isso já acontece desde o começo do ano passado, pelo menos. E não só param os carros lá, como, muitas vezes, carregam e descarregam caminhões cegonhas no canteiro central. Isso é uma vergonha. Tanto dinheiro investido em uma obra e não podem pagar míseros trocados para colocar vigias ao longo da avenida”, ressalta o morador do São Lucas, Felipe Martins Dias.
Obras à espera
Apesar do Metrô afirmar que os trabalhos da Linha 15 na Anhaia Mello continuam, o que se vê entre a estação Oratório (já entregue) e as futuras estações São Lucas e Camilo Haddad, é que os serviços de implantação das colunas e dos trilhos já foram finalizados. Porém, para a continuação da obra, com a construção das quatro estações restantes na avenida, é necessária a interdição de parte da Anhaia Mello, entre a avenida Sapopemba e a rua Francisco Fett, para a obra de remanejamento do Córrego Mooca, o que, segundo Metrô, ainda não tem data definida para ocorrer. Enquanto isso os serviços ficam parados e o canteiro central sem vigilância.
Questionado sobre o descarte de lixo e entulho, o Metrô informou que acionou as empresas contratadas para que os problemas sejam resolvidos em 30 dias.
O Metrô tem sua parcela de culpa, mas o povo é o maior culpado por essa situação. Muitas pessoas sabem reclamar de tudo, mas não fazem sua parte para que a cidade seja melhor para todos. É incrível que coisas que dependem apenas de bom senso e um mínimo de educação tenham que ser impostas por lei, multa ou polícia.
Uma duvida? Quando que o Metro vai concluir a estação vila prudente do Monotrilho? pois a calçada central e as pistas da av. anhaia melo continuam com tapumes e cheias de entulho? O transito está caótico neste ponto, proximo ao terminal vila prudente.