Calçada do viaduto Grande São Paulo segue abandonada pela Prefeitura

Desde 2008 a Folha faz matérias sobre o péssimo estado da calçada do viaduto Grande São Paulo, na ligação entre a Vila Prudente e o Ipiranga. Apesar de o local ser bastante utilizado, o passeio se torna intransitável em alguns trechos pela existência de enormes crateras, o que faz com que os pedestres se arrisquem para andar pela pista, que conta com tráfego intenso de veículos. Mesmo com as constantes reclamações dos transeuntes, a reforma da calçada nunca passou de uma promessa.

Na primeira matéria, em 2008, com Gilberto Kassab (PSD) como prefeito, quem assumiu a responsabilidade pela reconstrução do passeio foi a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que afirmou que o serviço seria realizado dentro do cronograma de trabalhos do órgão. Já em 2010, após outras matérias da Folha sobre o assunto, quem se prontificou a resolver o problema foi a Secretaria de Infraestutura Urbana e Obras (Siurb), mas também sem dar prazo.

Dois anos depois finalmente parecia que a reforma iria acontecer. A Siurb informou em maio de 2012 que a reconstrução do passeio seria realizada no segundo semestre daquele ano. A promessa novamente não foi cumprida.

Na última matéria feita pelo jornal, em janeiro deste ano, cobrada mais uma vez, a Siurb não se posicionou sobre o caso. Enquanto ninguém resolve o problema, os pedestres estão cada vez mais indignados com o descaso da Prefeitura. “Acho que a saída é a população acionar o Ministério Público para a administração municipal ser obrigada a resolver esse caso. Na primeira matéria da Folha sobre este passeio meu filho tinha 7 anos, hoje ele tem 14 e nada foi feito nesse tempo todo. Diariamente muitas pessoas se arriscam andando pela rua neste trecho e a Prefeitura parece não estar nem aí com isso. É revoltante”, comenta o morador do Parque São Lucas, Ronaldo Santos Vieira, que em 2008 foi entrevistado pelo jornal sobre a situação do calçada do viaduto.

Há duas semanas a Folha cobra um novo posicionamento da Siurb e da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras sobre o caso, já que o trecho engloba mais de uma subprefeitura, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta dos órgãos.