Mooca: “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo” do parque que leva o nome do radialista Fiori Gigliotti

O aniversário da Mooca foi no mês passado, mas o querido bairro paulistano ganha um presentão neste sábado, dia 13. O Parque Sabesp Mooca “Radialista Fiori Gigliotti” será inaugurado às 11h e promete ser um espaço esportivo, de lazer e de encontro para os cerca de 75 mil moradores do bairro. Com área de 21,2 mil m² fica na avenida Paes de Barros, 2.107, entre as ruas Sebastião Preto e Terenas. A solenidade de abertura deve contar com a presença do apresentador Milton Neves e de familiares de Gigliotti, que morou na Mooca.

Acompanhada do presidente do Conselho do novo parque, Fabio Lepique, e do administrador da área, Alfredo Marano, a reportagem da Folha percorreu toda a área no início desta semana, quando estava sendo dada a largada dos trabalhos de paisagismo. Lepique e Marano são tradicionais moradores da Mooca e destacam que será o parque que os mooquenses merecem: moderno e ambientalmente correto, agradável e acolhedor, tudo ao mesmo tempo.

O parque já nasce com diversas particularidades. Um exemplo é o piso importado 100% drenante. “É o mesmo material utilizado nas rodovias da Alemanha”, destaca Marano. O cuidado especial continua no playground e na área
 de aparelhos de ginástica. “Colocamos piso emborrachado para evitar machucados mais graves em caso de queda”, comenta Lepique mostrando que as peças emborrachadas se encaixam como “quebra-cabeça” para facilitar a reposição em caso de avarias. Destaque também para os brinquedos da criançada que, além de divertidos, serão lúdicos.

Também houve cuidado especial com a iluminação ao longo do parque. “As luminárias são baixas para iluminarem exatamente o que importa. Não adianta colocar as altas e ficarem encobertas pelos galhos das árvores”, destaca Lepique. A princípio o parque funcionará das 6 às 18h. “Com o tempo vamos adequando de acordo com a necessidade”, explica Lepique.

Outras regras já estipuladas é que não será permitida a entrada com skate ou patins. Quem chegar de bicicleta, haverá espaço para guardá-la. “Cães só em coleiras. Futuramente pretendemos criar uma área cercada, onde possam ficar soltos, a exemplo do que já existe em outros parques”, destaca o presidente do Conselho. “A ideia é sempre ir melhorando aos poucos, será importante ouvir as sugestões da sociedade”.

O parque contará com uma extensa área gramada livre, que será usada para abrigar futuros eventos ou como espaço de convivência. “Servirá para tomar sol, fazer piqueniques ou para criançada bater bola”, comentam Lepique e Marano.

O investimento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), mediante aval do Governo do Estado, foi de R$ 10,5 milhões e a manutenção e a segurança ficarão a cargo da Sabesp.

Educação ambiental
O novo parque fica na área do maior reservatório de água da América Latina e terá um museu voltado à educação ambiental e enfatizará, principalmente, a importância do uso consciente da água. “Isso foi uma exigência do governador Geraldo Alckmin para liberar a obra. Ele pediu que houvesse um espaço voltado à educação ambiental. E será aberto à visitação de escolas”, destaca Lepique.

Nestes primeiros dias, o museu abrigará também uma exposição em homenagem a Fiori Gigliotti, que foi morador da Mooca por 12 anos e uma das vozes mais importantes do radialismo brasileiro. Ao longo de cinco décadas de carreira imortalizou bordões que até hoje permanecem na memória dos amantes do futebol, como “E o tempo passa”, “Agora não adianta chorar”, “Uma Beleeeeza de Gol!” e “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”.

Os frequentadores do novo parque terão acesso a:

· 206 novas árvores (50 de pequeno porte nas calçadas e 156 dentro do parque);
· cerca de três mil novos arbustos e trepadeiras;
· rotas acessíveis;
· playground;
· ecoposto para coleta seletiva;
· programação de atividades para a Terceira Idade;
· bicicletário;
· utilização de equipamentos e estrutura sustentáveis;
· variadas atividades esportivas e culturais;
· espelho d’água;
· rampa acessível;
· restauração de instalações erguidas no início do século passado, que passarão a oferecer exposição permanente sobre saneamento para informação e conscientização da população.