Há quase um mês no cargo, o subprefeito da Mooca, Evando Reis, de 57 anos, concedeu entrevista exclusiva à Folha para falar sobre as propostas para os distritos de responsabilidade do órgão – Água Rasa, Belém, Brás, Mooca, Pari e Tatuapé. Reis, que foi criado na região de Itaquera, tem formação em engenharia elétrica e começou a carreira profissional na antiga empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica de São Paulo, a Light, e posteriormente, trabalhou também na AES Eletropaulo. Em 2001, o engenheiro foi convidado para ser chefe de gabinete da Subprefeitura de São Miguel Paulista e desde então segue na Prefeitura, onde passou por diversos cargos, entre eles o de diretor do Departamento de Parques e Áreas Verdes (DEPAVE), da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.
Folha – Como surgiu o convite para assumir a Subprefeitura Mooca?
Evando Reis – Na Secretaria do Verde sempre tinha contato com o prefeito e, devido ao bom trabalho que desenvolvi na pasta, foi ele mesmo que fez o pedido para eu virar subprefeito. Também tive participação nas diretrizes dos planos Diretor e de Metas, então já sabia quais caminhos a Prefeitura pretendia seguir. Em especial, o prefeito pediu para focar a administração da subprefeitura na zeladoria, nas melhorias básicas necessárias para a região.
Folha – Um dos problemas da área da Subprefeitura Mooca é a questão dos ambulantes irregulares, principalmente no Brás e no Tatuapé. Qual é a orientação para agir nestes casos?
Evando Reis – A Feira da Madrugada está sendo regularizada, com a organização dos cadastros das 4 mil lojas do espaço, sendo que destes, 2.200 já estão legalizados. Agora, sobre ambulantes irregulares existe a fiscalização da subprefeitura para coibir tal comércio. Quem tem o Termo de Permissão de Uso (TPU) da Prefeitura pode trabalhar, quem não tem será retirado. Essa remoção deve ser feita em etapas. Primeiro uma conversa sem confronto para que os camelôs saiam. Não havendo acordo, articulam-se ações junto com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar para que a situação seja regularizada.
Folha – Sobre a falta de áreas verdes na Mooca, qual é o planejamento da Subprefeitura para melhorar esta situação? E, como o senhor era da Secretaria do Verde, de que forma a Prefeitura está tratando as reivindicações da população quanto à criação de parques, no antigo terreno da Esso, na Mooca, e na área da rua Batuns, na Vila Ema.
Evando Reis – Quando estava na Secretaria do Verde já havia trabalhado em conjunto com a SUB-MO em algumas ações. Quando a área verde tem menos de 5 mil m², é de responsabilidade da subprefeitura; acima disso, cabe à Secretaria, por isso a administração regional tem pouco poder na criação de parques. Sobre o terreno da Esso, o local ainda está contaminado e o poder público só pode solicitar o uso de uma área se ela estiver completamente descontaminada. Quanto ao terreno onde a comunidade anseia a criação do parque da Vila Ema, a possibilidade de uma parceria com a construtora cedendo parte da área para um parque é viável, mas a vontade da população tem que ser tratada como prioridade. O que precisa ser compreendido é que não basta a Prefeitura desapropriar e montar o equipamento, é necessária a manutenção e a segurança da área também. Hoje a Prefeitura tem um trabalho árduo para manter e melhorar o que já existe. São Paulo ainda conta com 42% de área verde no município, e, mesmo que concentradas em poucas regiões, a primeira frente é cuidar dos espaços atuais para depois pensar em aumentar ainda mais esse número.
Folha – A região da Subprefeitura Mooca, principalmente o distrito da Água Rasa, registra crescimento constante no número de casos de Dengue. Qual o trabalho da Subprefeitura para ajudar a minimizar estes dados?
Evando Reis – O combate direto é da Secretaria Municipal de Saúde. O trabalho da Subprefeitura é indireto, com a manutenção das praças e áreas verdes, a remoção de entulhos e lixo e a limpeza de qualquer ponto que possa acarretar em um acúmulo de água. E isto está sendo feito 24 horas por dia.
Folha – A atual gestão municipal diminuiu muito o número de vias recapeadas em comparação com a administração anterior. E entre as poucas ruas atendidas na cidade, a área da SUB- MO foi uma das menos atendidas nos últimos 18 meses. Qual é o peso da subprefeitura na escolha dos locais que serão atendidos?
Evando Reis – Existe uma listagem grande de vias da cidade que precisam do serviço. Já fizemos um levantamento de ruas e avenidas de nossa responsabilidade que necessitam de recape e encaminhamos para a Superintendência das Usinas de Asfalto (SPUA), ligada à Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que é responsável pelo programa. A SPUA está aguardando a liberação de verbas para priorizar estes pedidos, que devem ser realizados no segundo semestre.
Desejo um excelente trabalho, Sr. Evando, frente a Subprefeitura Mooca, entretanto, não senti firmeza nas declarações. Pareceu-me muito liso e escorregadio, ou se preferir, político demais.
Mas que absurdo que este novo subprefeito da Mooca está dizendo sobre a criação do Parque da Vila Ema. Falou que é “viável” a possibilidade da construtora “ceder” parte da área para um parque. Pois pelo que eu li, a tal construtora pretende “ceder” cerca de 5 mil metros quadrados, do total de 19 mil metros quadrados do terreno. Seria um quintalzinho né? Jamais nós, moradores iremos aceitar isso!!!
A mooca esta abadonada. Ruas esburacadas, calçadas quebradas, lixo, arvores podres para cair. Sou morador a 66 anos na mooca, enfim administração da prefeitura é´discimulada, não resolve as minhas reclamações e vão empurrando ate esquecer.