Com o aumento do número de caminhões na rua Costa Barros, a rua Ielmo Marino, no Parque São Lucas, transformou-se em rota de fuga para os motoristas que pretendem chegar ao ABC. Mas, a sinalização da via não acompanhou o crescente fluxo de veículos. A rua tem certa de um quilômetro de extensão, não conta com semáforos e no trecho mais movimentado, na esquina com a avenida São Lucas, não possuí faixa de pedestres. Tal situação, além de gerar perigo para os transeuntes, praticamente inviabiliza a travessia nos horários de pico.
“Nós moramos a poucos metros do centro comercial do bairro, mas, como não conseguimos atravessar a Ielmo Marinho a pé, vamos até às lojas de carro. A CET deveria colocar um farol nesse trecho ou pelo menos uma lombada. Do jeito que está, o pedestre não tem vez”, comenta o morador da Gaspar Barreto, Nilton Diógenes da Silva. Quem também reclama é a dona de casa Silvana Clemente, que pede uma faixa de pedestres na esquina com a avenida São Lucas. “O semáforo seria o ideal, já que a maioria dos motoristas não respeita o transeunte. Mas se não é possível, deveriam então pintar a faixa de travessia, o que ajudaria as pessoas para atravessarem a rua”, destaca Silvana.
A preocupação é que a situação piore cada vez mais e alguém acabe atropelado. “É perigoso atravessar a Ielmo Marinho. Tirando o trecho onde tem faixa de pedestres, em frente à escola estadual Professora Julieta Nogueira Rinaldi, ninguém consegue passar de um lado para o outro da rua sem se arriscar. E o trânsito aumenta cada dia mais. Antes a travessia era complicada nos horários de pico, agora é em qualquer hora do dia. A CET tem que intervir”, ressaltou um morador que preferiu se identificar apenas como Antônio.
A reportagem esteve na via durante à tarde da segunda-feira, dia 5, e acompanhou dezenas de pedestres esperando por mais de cinco minutos para conseguir uma brecha entre os veículos e atravessar a rua. Dois agentes de saúde da Prefeitura chegaram a ficar cerca de 10 minutos parados na esquina com a rua Hilário Capote Valente e, sem ter como realizar a travessia, resolveram sentar e esperar o trânsito diminuir.
A reportagem questionou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) sobre a situação, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Infelizmente nossa região está pagando pelo crescimento e mal planejamento do poder público, nossas ruas estão sendo invadidas por motoristas de outras regiões e na maioria deles mal educados, praticam velocidade abusiva e não respeitam os pedestres. Lamentável.