Não são apenas os motoristas que sofrem na avenida Anhaia Mello. Os transeuntes que necessitam atravessar a via também encontram dificuldades, já que em muitos lugares a pintura da faixa de pedestres não existe mais. Um destes trechos fica na esquina da via com a avenida Francisco Falconi, onde há um ponto de ônibus em cada sentido da via.
A tematização do bairro de Vila Zelina, objeto de séria divergência entre a comunidade lituana e a direção da Associação dos Moradores e Comerciantes de Vila Zelina (Amoviza), deveria ser o item principal da pauta da reunião realizada no último dia 29 no Colégio Marco Zero. O debate acalorado entre as partes vinha sendo feito através de manifestos e das páginas e do site da Folha. Apesar disso, para surpresa e revolta de grande parte dos presentes, o assunto foi posto em segundo plano pelos dirigentes da Amoviza. O resultado é que apesar do encontro ter se estendido das 19h30 às 22h30, as partes envolvidas sequer iniciaram o esperado diálogo. Pelo contrário, com o auditório já se esvaziando por conta do adiantado da hora em plena segunda-feira, a questão foi tratada às pressas o que acabou gerando mais bate-boca entre representantes da Amoviza e representantes de diversos grupos lituanos presentes, que esperavam mais tempo para abordar e aprofundar o tema.
Francine Vidal Tagliatella, de 28 anos, que no dia 12 do mês passado foi incendiada pelo ex-namorado em sua residência na Vila Prudente, não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada da última quarta-feira, dia 1º. Ela ficou internada 18 dias na UTI do Hospital das Clínicas. De acordo com familiares, o estado de Francine era muito grave e ela acabou sofrendo uma parada cardíaca. Francine teve cerca 90% do corpo queimado. O ex-namorado, Rodrigo dos Santos Manaresi, 29 anos, que também foi atingido pelo fogo, já havia falecido no dia 20.
Francisco dos Santos, de 72 anos, vive mais um capítulo do descaso da saúde pública no país. Em dezembro, a prótese implantada entre sua perna e o quadril descolou e ele foi levado ao hospital estadual de Vila Alpina, onde, após ficar três dias internado à espera de cirurgia, foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por conta de uma crise renal crônica. Recebeu alta somente 25 dias depois, ainda sem resolver o problema da prótese. Ainda com dores, Santos foi levado no início de fevereiro ao hospital municipal do Servidor Público, na Liberdade, onde foi informado que seria necessária a colocação de uma nova prótese. Passados quase três meses, o aposentado segue em casa agonizando de dor e à espera da cirurgia.