Aconteceu no final da tarde de ontem, na sede da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, reunião entre o secretário Ricardo Teixeira e membros do movimento Viva o Parque Vila Ema. O encontro, que foi agendado pela vereadora Juliana Cardoso (PT), que também esteve presente, visou encontrar meios de viabilizar o valor necessário para a desapropriação do terreno de 16.804 m² no número 1.523 da avenida Vila Ema. O espaço foi decretado de utilidade pública em 2010 e está avaliado em R$ 11.845.067,14. A comunidade quer a implantação de um parque no local.
Na reunião a vereadora questionou a possibilidade dos consórcios e empresas responsáveis por grandes na região, como o monotrilho, entre outros, destinarem verbas para a desapropriação do terreno por conta das compensações ambientais, que são obrigatórias nestes casos. O secretário afirmou que a proposta é viável, mas, é necessário levantar em qual estágio encontram os processos de compensação.
O diretor do Departamento de Parques e Áreas Verdes (DEPAVE), Milton Persoli, que também participou da reunião, ficou incumbido de fazer os levantamentos em relação às compensações e sobre a viabilidade de canalizar recursos para a desapropriação do terreno. O decreto de utilidade pública destinado à área expira em 2015.
Entenda o caso
O terreno de 16.804 m², que abriga mais de 400 árvores, incluindo várias espécies nativas, foi vendido para uma construtora que planejava erguer um condomínio residencial com quatro prédios que somariam mais de 380 apartamentos. Entretanto, após a luta da comunidade, o imóvel foi decretado de utilidade pública em outubro de 2010 e a empresa proprietária não pôde mais mexer no espaço.
Apoio todo esforço e dedicação para salvarmos o único espaço que nos resta com árvores nativas. A nossa região é profundamente escassa de áreas verdes. Conseguimos com muita luta salvar o espaço do Parque Vila Prudente. Não podemos desistir! E o que precisar da minha ajuda em divulgação, votação, assinaturas, podem contar.
Olivia, lutem porque as árvores que foram verozmente cortadas do Linhas Corrente na Av do Oratório para obras do metrô, não tiveram o menor respeito pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente. Único local verde da região, com árvores catalogadas, foram destruídas. Espero que pelo menos replantem 50% do que foi destruído para a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos que lá vivem e para que nosso filhos e até mesmo, nós adultos, consigamos olhar para a Prefeitura sem nos revoltar com tamanha crueldade.