O único equipamento para garantir a total segurança para a travessia de pedestres na avenida Anhaia Mello sofre com a falta de manutenção. As grades e telas de proteção estão, na sua maioria, com buracos, não há iluminação e cobertura. Para piorar, segundo a vizinhança, a passarela que corta a via na altura da rua Pinheiro Guimarães, no Jardim Avelino, vem servindo de abrigo para usuários de droga.
“Não é seguro andar pela passarela. Se chove o caminho fica repleto de água parada, se está de noite não tem iluminação. E se você tropeçar corre o risco de cair na avenida, já que as grades estão todas quebradas. Sem falar que muitos usuários de droga utilizam o local e ameaçam os pedestres que passam por ali”, comenta a dona de casa Joana Bittencurt, que reside na rua Pinheiro Guimarães.
Quem também mora nas proximidades e reclama da situação é o aposentado Heitor Koff Dias. “Meus filhos voltam da faculdade de ônibus, mas peço para eles descerem um ponto antes do que fica em frente à passarela e vou buscá-los de carro. Não tem como atravessar ali de noite. É escuro e cheio de gente mal intencionada. A maioria dos meus vizinhos também evita utilizar a passarela”, destaca Dias.
Até quem não tem o costume de passar pelo equipamento se assusta com o abandono do mesmo. “Moro na Vila Zelina e no último dia 22 precisei utilizar a passarela. A situação é assustadora. Alguém arrancou a tela que fecha o acesso ao topo do equipamento, provavelmente para usar drogas lá. Quando passei havia um indivíduo sentado, observando os transeuntes. Sei de relatos de várias pessoas que evitam passar pelo local com medo de assalto. Essa é a única passarela da Anhaia Mello e está neste triste estado”, completa o corretor João Tadeu Racz.
A reportagem questionou a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) sobre a situação, porém, o órgão não se pronunciou até o fechamento desta edição.