Quem estaciona a bicicleta no paraciclo da estação Vila Prudente do metrô está arriscado a ter que voltar a pé para casa. Pelo menos dois furtos recentes ocorreram no local. A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô admite que não existe segurança específica para o equipamento. Já a Polícia Militar, responsável pela Operação Delegada nas imediações da estação, afirmou que não tem registro de tentativa de furto de bicicleta no espaço.
Um dos casos foi publicado pela Folha no mês passado. No dia 12 de setembro, o morador da Vila Prudente, Irineu Cirilli Jr., parou a bicicleta no ponto destinado pelo Metrô e foi para a universidade. Quando retornou, ela não estava mais no local. Cirilli ressaltou na ocasião que, desde agosto, quando passou a utilizar a estação, não vê seguranças nas imediações do paraciclo e que existe apenas uma placa na qual o Metrô alerta que não se responsabiliza pelas bicicletas.
“Acredito que com essa postura, a Companhia do Metrô não está incentivando o uso de bicicleta entre seus usuários”, conclui Cirilli. “Eu usava a moto para ir à faculdade, mas, resolvi trocar pela bicicleta até o metrô, pensando em contribuir com o meio ambiente e também por causa da segurança no trânsito”, ressalta a vítima que optou por não registrar o boletim de ocorrência. “Não ia dar em nada, o Metrô faz questão de colocar uma placa bem grande avisando que não vai se responsabilizar”.
O advogado Rodrigo Alves Zaparoli, também morador da Vila Prudente, foi outra vítima no último dia 29. Ele estacionou a bicicleta no paraciclo por volta das 11h30 e foi para o curso de inglês, quando voltou, às 14h30, ela não estava mais no local. No boletim de ocorrência registrado no 56º Distrito Policial – Vila Alpina ressaltou que havia trancado a bicicleta com três correntes de segurança com cadeados. Uma das correntes prendia o quadro da bicicleta ao paraciclo. A segunda prendia o quadro e a suspensão dianteira ao equipamento, enquanto a terceira prendia a roda traseira ao quadro da bicicleta.
O usuário também fez questão de registrar o ocorrido no próprio Metrô, mas, desde 1º de outubro, quando protocolou uma carta de sugestão/reclamação, não recebeu retorno. “Vou entrar com uma ação judicial, não apenas pelo meu prejuízo, mas, pelo fato de que estão induzindo as pessoas a pararem as bicicletas no espaço e portanto, não existe isso de simplesmente colocar uma placa alegando que não se responsabilizam”, comenta. Ele ressalta ainda que há câmeras de vigilância em todas as entradas e saídas da estação que poderiam auxiliar na identificação de criminosos e que a estação também conta com vigias particulares. No documento que está preparando Zaparoli ressalta ainda que no dia da ocorrência se dirigiu até a Base da Polícia Militar no Largo de Vila Prudente, onde foi atendido por uma policial que o orientou a fazer o boletim de ocorrência.
Através da assessoria de imprensa, o Metrô voltou a afirmar que não se responsabiliza pelas bicicletas ou demais objetos deixados nos paraciclos, conforme placas de aviso afixadas nos locais. A promessa é que um novo bicicletário, com 50 vagas, em área com acesso controlado e funcionário, será implantado na futura estação Vila Prudente do monotrilho, ao lado da parada do metrô, prevista para ser inaugurada em 2013. De acordo com o Metrô, a guarda nos bicicletários é garantida por meio de convênio com o Instituto Parada Vital, gestor destes espaços.
A Cia. do Metrô também reafirmou que, nos últimos anos, tem feito grande esforço de integração com as bicicletas, possibilitando o acesso das bikes nos trens aos finais de semana e, paralelamente, construindo uma série de bicicletários e paraciclos. Foi ressaltado ainda que atualmente, o Metrô conta com 17 bicicletários e tem como diretriz estratégica que todas as novas estações sejam projetadas com bicicletários fechados e com total segurança.
A reportagem também procurou o 21º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento na região e pela Operação Delegada que é desenvolvida na estação Vila Prudente das 6 às 22h, e foi informado que não tem registro de furto de bicicleta no local.
Gostaria que me explicassem uma coisa: como a responsabilidade não é do Metrô se a área onde foi construído (pelo próprio Metrô) o tal paraciclo é de propriedade do Metrô?
Aliás, a segurança da área externa que rodeia a estação é de responsabilidade da Segurança do Metrô e ela é delimitada por uma faixa branca pintada no piso que rodeia a estação (geralmente é vista na guia das calçadas que rodeiam as estações).
Portanto, o problema é, sim, de responsabilidade do Metrô, pois, pra quem não sabe, a Segurança do Metrô tem poder de polícia dentro de sua área de atuação.
Também tive a bicicleta furtada no paraciclo da estação há 1 ano e meio. Me causa indignação saber que mesmo tanto tempo depois o problema ainda não foi solucionado. A área de segurança do metrô está deixando a desejar!
cade os urubus do metro (segurança) nao faz nada nessa hora, nossa regiao esta cheio ladrao, e noia ate parece uma nova cracolandia, passo todo dia nessa estaçao. nunca vi uma viatura no pedaço, e uma falta de segurança que da medo, e dia ou de noite e sempre a mesma coisa segurança zero, estamos a merce dos ladroes enfelizmente, mesmo com a matança de varios policias na cidade de sao paulo ninguem faz nada, temos que mudar essa lei urgente, principalmente dessa lei de menor de idade, que mata, assalta,estrupa, e nao acontece nada, queremos pena de morte urgente doa a quem doer, seja rico ou podre, preto,branco, amerelo,pardo etc, estamos de olho, tudo isso e uma vergonha.