Apesar de irregular, a prática de reservar vagas de estacionamento em vias públicas é rotineira na cidade de São Paulo, inclusive na região. Comerciantes, construtoras e até moradores utilizam-se de cones, cavaletes, caixas de madeiras, entre outros objetos, para demarcar ilegalmente espaços nas ruas, e assim poder estacionar seu veículo ou de clientes sem problemas, transformando deste jeito, uma área pública em um local privado.
Há cerca de um mês a Folha vem percorrendo as vias da região e flagrando irregularidades diárias. Em alguns casos, ao perceber a presença da reportagem, o responsável pelo imóvel retirou o obstáculo da rua, entretanto, logo após a equipe do jornal ir embora do local, as pessoas voltaram a recolocar o material em frente ao seu comércio.
Um dos pontos onde a irregularidade já virou costume é a rua Ibitirama, na Vila Prudente. Ao longo da via pode-se perceber que comerciantes utilizam do artifício diariamente reservando vagas para clientes e fornecedores. Em um trecho da Ibitirama, um escritório e um prédio comercial chegam a ocupar, com cones, cerca de 50 metros da rua. Outro comércio, na altura do número 1.000 da via, utiliza da mesma artimanha para ninguém estacionar na frente da loja.
Na Mooca a situação não é diferente. Na rua Madre de Deus, repleta de bares, restaurantes e outros estabelecimentos, a colocação de cones e cavaletes é constante para separar vagas aos caminhões dos fornecedores. Porém, alguns comércios restringem a parada para poder estacionar os seus próprios carros, como é o caso de uma empresa de venda de água, que utiliza galões vazios a fim de facilitar a chegada do veículo de entrega.
Também é bastante comum o uso de cavaletes por parte de construtoras para guardar espaço aos caminhões das obras. Uma das vias onde a situação ocorre é na José dos Reis, na Vila Prudente. Local onde muitos motoristas costumam deixar seus veículos para utilizar o metrô. “Já é difícil estacionar na José dos Reis depois da chegada da estação, mas, quando começaram as obras de prédios residenciais na via, a situação virou um caos. As construtoras fecharam com cavaletes as guias em frente aos terrenos, tirando muitas vagas de estacionamento”, comenta a estudante Denise Farias Lorenzo.
A reportagem questionou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) sobre a prática irregular nas vias da região. Em resposta, o órgão informou que cabe a ele apenas a retirada dos obstáculos e o alerta aos donos dos estabelecimentos sobre a irregularidade, sendo que a aplicação de multas, neste caso, já que envolve pessoas físicas e jurídicas, fica a cargo da subprefeitura local. Para finalizar, a CET ressaltou que “toda reserva de vaga deve ser solicitada ao órgão. Desta forma, a situação é avaliada quanto à necessidade, possibilidade técnica, tipo de via, tráfego local, entre outros pontos”.
A Folha também cobrou uma posição da Subprefeitura Mooca. O órgão informou que realizará fiscalização na próxima semana, para que as devidas medidas sejam tomadas. Se constatadas as irregularidades, os itens serão apreendidos e, em caso de flagrante, o responsável pela colocação de objetos como cavaletes ou cones na via pública estará sujeito à multa no valor de R$ 500,00.
Já a Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba acrescentou que a assinalação ou reserva, por particulares, de locais para estacionamento ou entrada e saída de veículos, com cavaletes ou outros objetos, será punida com a apreensão desses materiais. Foi ressaltado que além da apreensão, o estabelecimento ou imóvel está sujeito à multa.
isso tudo ai e culpa da cet que em vez de ficar multando todo mundo, nao toma as devidas providencia, perto desse local tem casa de prostituaçao e ali eles usam tambem esses cones pra resevar para seus clientes, em vez do pessoal da cet ficar tomando cafe na padaria cepam todos os dias, deveriam cuidar melhor da nossa regiao, que nao existe lei, so que sabem fazer e multar, mais nada estamos de olho, tudo isso e uma vergonha.
Temos que concordar que estas práticas realmente são muito exageradas, porém existe um problema muito sério com refe- rência as guias rebaixadas, a grande maioria das pessoas não respeitam as mesmas , inclusive mesmo onde está sinalizado com placas de: “Não estacione”, “Garagem”, etc… e aí eu pergunto : como fica os direitos das pessoas que precisam entrar ou sair de suas garagens? – bom alguém poderá responder: é simples , basta ligar para o CET que eles guincham ou multam… horas bolas digo eu, quando o CET vai chegar? … depois de duas horas ou+, quando o infrator já se foi embora?… será que a policia e o CET não podem começar a multar e a divulgar que esta prática em questão é contra a lei, de qualquer forma agradeço se isto for divulgado, pois eu mesmo aqui na rua Padre Raposo, já não aguento mais reclamar com motoristas que estacionam nas guias rebaixadas.
Eu acho o cúmulo, o comércio ou o morador achar que também é dono do espaço público, ressalvando casos como o Leonel cita de guias rebaixadas e saídas de garagens. Mas tem comerciante que é muito cara de pau e reserva a via pública como se fosse dele, ou então ele rebaixa a guia em local que não tem entrada de automóvel ( Isso é o dobro do cúmulo ) além do mais ele te aborda informando que a guia é rebaixada e não pode parar carro, nisso, você percebe que não esta rebaixada em frente a garagem ou entrada de estacionamento, mas sim em frente ao comércio dele. Já fiz comentários sobre isso aqui e fico indignado por essa falta de educação, por ambas as partes, dos motoristas e dos moradores ou comerciantes. Acho os estacionamentos caríssimos nessa região, e por pagar seguro do carro, deixo meu carro na rua sem necessidade de utiliza-los, porém existem esses inconvenientes. Muito boa essa matéria da folhavp, parabéns.
Sou dono de comercio, alguns que nao tem guia rebaixada e entrada pra carros realmente abusam, mas no meu caso eu tenho guia rebaixada, parte da calçada com passagem de pedestres sinalizada e construida para deficientes, depois dessa parte de mais ou menos 1,5metros tem o meu estacionamento privativo, pois o comercio foi feito um pouco recuado e depois dessas vagas tem uma distancia de 1 metro ate a porta do comercio para tambem pedestres. Deixo placas e tudo mais mas as pessoas nao respeitam e quando abordadas sao muito sem educaçao se achando o dono da verdade, falta educaçao e consciencia de algumas pessoas, imagina também quem tem residencia e mesmo com placas o pessoal estaciona na frente do portao, um absurdo atrapalhando o direito da pessoa de sair de casa, o problema q os orgaos publicos nao fiscalizam e demoram pra agir, pra gerar multas pra vc eles sao muito eficientes, pra trabalhar nao. Por isso q o brasil esta assim, muita falta de educaçao e consciencia das pessoas, o lojista ja paga taxas absurdas e usa o estacionemtno pra seus clientes, acho q uma riscada nos carros ajuda a pessoa a pensar antes de ser otario de estacionar em local proibido
Minha casa fica em um condominio. Meu portão é para entrada de veículo e do morador. Acontece que não temos carro e os vizinhos estacionam os seus carros tomando toda a entrada da garagem. Quando chegamos com compras entramos com muita dificuldade. O engraçado é que as pessoas tem suas entradas deixam-nas vazias e estacionam na minha. Posso colocar cones na extensão do meu portão ou é ilegal?
Ou colocar uma faixa avisando “Não estacionar, entrada de morador”. Gostaria de resposta. Obrigada