Atravessar grandes avenidas não é tarefa fácil para ninguém. Entretanto, a travessia da Anhaia Mello ficou ainda mais complicada com a chegada das obras do monotrilho. Um exemplo é o cruzamento com a rua Ribeirópolis, no São Lucas. No local, apesar da existência de faixas de segurança para pedestres, não existe tempo de semáforo específico para os transeuntes, o que faz com que eles se arrisquem em meio aos carros.
“Já era difícil para o pessoal conseguir cruzar a avenida aqui. Sempre tem um farol aberto para os carros, sejam os que estão na Anhaia Mello ou os que vêm da Ribeirópolis. Mas, antes da chegada das obras do monotrilho no trecho, as pessoas corriam até o canteiro central e esperavam lá, ou se a passagem estivesse livre, terminavam a travessia da avenida. Só que os tapumes da obra bloquearam o canteiro central. Então, agora, os pedestres têm que se arriscar no meio da pista”, comenta o comerciante Heitor Meirelles.
Quem também reclama é um morador da rua Ribeirópolis. “A visão de quem quer atravessar foi bloqueada pela obra. Não tem como você fazer a travessia em segurança. Se algum carro estiver vindo do outro lado, você não tem nem tempo de tentar escapar de um atropelamento”, ressaltou Bruno Queirós Filho.
Outro ponto problemático
Quem também solicita um semáforo são os pedestres que passam pela altura do número 5.100 da avenida. No trecho de mais de quinhentos metros entre os dois faróis existentes, os transeuntes assumem que antigamente faziam a travessia fora da faixa, mas com as obras do monotrilho, chegar ao outro lado da Anhaia Mello ficou mais complicado.
“Todo mundo atravessava pelo canteiro central mesmo. Era errado, mas os faróis ficam muito longe e muita gente não aguenta andar tanto. Agora com os tapumes bloqueando o canteiro, temos que caminhar bastante. Mesmo antes das obras a CET tinha que ter colocado um semáforo neste local, agora então é imprescindível”, explica o vendedor Orestes Fontes de Carvalho.
Cobrada sobre o cruzamento da Anhaia Mello com a Ribeirópolis, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) não se pronunciou sobre o caso até o fechamento desta edição. Já quanto à travessia na altura do número 5.100 da avenida, após três semanas de questionamento, o órgão de trânsito informou que fará vistoria técnica no local, em conjunto com a construtora do monotrilho, para avaliar a possibilidade de implantação de um ponto de travessia no trecho.
🙂 è um descaso com os pedestres, espero que a prefeitura, CET e governo do estado pensem nisso .
obrigada Folha