Assim como ocorreu em 2009 e 2010, no ano passado a avenida Sapopemba liderou mais uma vez o ranking da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em número de atropelamentos que resultaram em óbitos. Foram 76 mortes entre os meses de janeiro e outubro de 2011, sendo que a segunda via com mais casos foi a avenida Marechal Tito, em São Miguel paulista, com 51 mortes.
Para moradores e comerciantes, a explicação para tal situação é simples: sua enorme extensão e falta de pontos de travessia. “A avenida é a maior de São Paulo com 45 quilômetros. Tem o tamanho de algumas rodovias. É claro que o número de acidentes é superior ao de algumas vias. Mas, em vários trechos o pedestre não tem onde atravessar. Um farol é muito longe do outro e não existe faixa de pedestres entre um semáforo e outro. Então as pessoas acabam se arriscando”, comenta o comerciante André Azevedo Pinto.
Já para os motoristas, um fator fundamental para o número de acidentes na via é a imprudência dos pedestres. “É comum ver pessoas atravessando em qualquer lugar da avenida ou até mesmo na faixa de pedestres, só que com o semáforo aberto para os carros. Na região da Vila Diva isso acontece o tempo todo. Sendo que no local existem muitos faróis e faixas de pedestres, mas o povo prefere se arriscar, do que andar 10 metros ou esperar dois minutos”, ressalta o gerente comercial Hugo de Freitas.
Além da Sapopempa e da Marechal Tito, outras duas avenidas da Zona Leste estão entre as cinco com mais número de mortes de pedestres em 2011, Ragueb Chofi, em São Mateus, com 43 casos, e a São Miguel, também em São Miguel Paulista, com 41. A outra via que completa a lista é a estrada do M’Boi Mirim, na Zona Sul, com 48 vítimas fatais.