Há vários e vários meses pedestres se queixam da alternativa de tráfego criada entre a praça Padre Lourenço Barendse e a rua Ibitirama, quando ainda aconteciam as obras de construção dos trilhos da Linha 2-Verde do Metrô. O problema é que as obras acabaram, as estações foram inauguradas e a passagem permaneceu. Para piorar, não houve manutenção. O resultado é que trecho está com o piso pobre. Como comprovam as fotos, várias folhas de madeirit estão soltas – o que facilita tropeções e quedas, além de existirem diversos buracos, que vêm provocando medo em quem utiliza o espaço.
“Está muito perigoso. Pelos buracos dá para ver a altura se houver uma queda”, comenta Tânia G., que encaminhou e-mail à redação na manhã da última segunda-feira, dia 27. Ela teme que a estrutura ceda e ressalta: “Será que só depois de algum acidente, as autoridades irão se manifestar? O problema é velho!”. A Folha aborda a questão desde 2010.
“Vejo várias pessoas andando pelo meio da Ibitirama, em meio aos carros e aos ônibus, para evitar a passagem abandonada pelo Metrô”, conta o aposentado Antonio Lorse. “É incrível como não dão atenção para o caso, se faltou dinheiro para acabar com estes canteiros, deviam pelo menos manter em bom estado”, completa.
A passarela faz parte dos canteiros que sobraram na região após a inauguração das estações Vila Prudente e Tamanduateí, em agosto e setembro de 2010, respectivamente. Estes antigos canteiros pegam dois quarteirões ao longo da rua Tomás Izzo, entre as praças Gonçalves Junior e a Padre Lourenço Barendse, passando também pela rua Amparo, além de um trecho da rua Pedro de Godói que também continua interditado e é alvo de intensas queixas de motoristas, pois poderia ajudar a desafogar o trânsito na rua José dos Reis (veja matéria na página 5).
Metrô
No último dia 13, o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, esteve na região para inspecionar as obras do monotrilho e foi questionado pela reportagem da Folha sobre a revitalização dos canteiros. Ele afirmou que os trabalhos no local já começaram e que a previsão de término é no primeiro semestre de 2013. Em outubro passado, Avelleda havia afirmado que a obra seria encerrada ainda em 2012. Especificamente sobre a Pedro de Godói, a assessoria de imprensa informou que a liberação deve ocorrer ainda este ano, mas não especificou o mês.
Sobre a falta de manutenção na passagem de pedestres, a reportagem reencaminhou o e-mail com a reclamação e recebeu a seguinte resposta: “Com relação à manifestação da leitora Tânia, o Metrô esclarece que as ações corretivas de reparo da passarela já foram executadas no início desta semana”. E também encaminhou fotos para comprovar a manutenção.
O Metrô aproveitou para informar que retirou na segunda-feira, dia 27, a terra e a areia que invadiram a rua Amparo devido à chuva, e que mantém uma equipe permanente no local para atuar em casos de necessidade.
Vergonha !!!
Queremos a obra do metro finalizada por completo e não estes remendos que estão sendo feitos.
Cada dia temos uma nova data para finalizar a obra do canteiro do metro.
A Pedro de Godoi virou uma lenda… O metro está brincando com a cara dos moradores dessa região. Inauguram o metro por politica, e deixam o rabo pra tras, que só quem mora na regiao vê esse descaso