Em junho do ano passado os moradores da rua Mara Rosa, no trecho entre as ruas Antônio Augusto Cortesão e Nova Brasília, no Jardim dos Eucaliptos, região de Sapopemba, passaram a respirar aliviados. Na ocasião, foi iniciada a tão sonhada obra de canalização do córrego Inhumas, que passa pela via. No entanto, o que era para ser um alívio transformou-se em revolta. Com conclusão prevista para dezembro de 2010, os trabalhos ainda acontecem em ritmo bastante moroso.
“É uma vergonha o que fizeram e a velocidade dos serviços. Boa parte da canalização foi destruída pelas chuvas em janeiro, demonstrando a péssima qualidade do material e do trabalho realizado. Além disso, presenciamos poucos operários em atividade na obra. Já se passou quase um ano do término previsto e ninguém dá uma satisfação”, relata indignado o líder comunitário Alcides Dias da Silva. De acordo com ele, uma reunião no local foi agendada para a última quarta-feira, dia 26, com a presença do secretário municipal de Infraestrura Urbana, Luiz Carlos Santoro, no entanto, o sercretário não apareceu. A reportagem da Folha, que também iria acompanhar a visita, presenciou quando o líder comunitário ligou na Secretaria e foi informado que Santoro teve um compromisso de última hora. “Isso é um descaso da Prefeitura. Fez a comunidade de palhaça. Estamos aqui, embaixo de sol, esperando o secretário e ele não apareceu”, esbravejou Silva.
Enquanto a obra não é finalizada a comunidade local aponta problemas decorrentes dos trabalhos. “Não agüentamos mais respirar a poeira que vem do córrego. Essa sujeira entra em nossas casas todos os dias. Sem falar que parte da rua Mara Rosa está interditada para o tráfego há um tempão”, conta o morador das proximidades Natalino Vila Nova.
Os moradores do entorno pedem também a construção de um sistema viário paralelo ao córrego no lado oposto da rua Mara Rosa. “Com a canalização parte da pista da via precisou ser utilizada e o resto ficou estreito e perigoso por causa do intenso tráfego de veículos. O ideal seria deixá-la com mão única e outro viário fosse construído no lado oposto”, afirma o líder comunitário.
A Folha questionou a Secretaria de Infraestruta Urbana e Obras que não se pronunciou até o fechamento desta edição.