Em agosto de 2010, a Folha trouxe matéria relatando a situação do terreno de 4.592,33 m², situado entre as ruas Benedito Maria Cardoso e Jerônimo de Mendonça, na Mooca, que virou motivo de disputa entre a comunidade e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A área, que abriga grande variedade de árvores, pertencia ao órgão do Governo Federal, mas é utilizada desde 1949 pelos moradores dos condomínios vizinhos como um parque de esportes e lazer. Segundo a população local, o espaço foi declarado de utilidade pública pela Prefeitura há 23 anos, mesmo assim, acabou leiloado pelo INSS por R$ 3,6 milhões. Desde então a vizinhança trava árdua batalha para manter o terreno.
“Este Projeto de Lei saiu no Diário Oficial de 6 de outubro de 1988. A partir daí a associação dos moradores dos condomínios vizinhos ficou responsável pela área, que é bastante utilizada. Meus filhos e meus netos já brincaram nesse terreno. Comenta-se aqui no bairro que até o ex-governador José Serra brincou ali. Quando ficamos sabendo do leilão, começamos a fazer um abaixo-assinado e o entregamos à Promotoria de Justiça do Meio Ambiente. Também foi feito um levantamento de quanto já foi gasto pela vizinhança, que contribui mensalmente para a manutenção do terreno, e os números giram em torno de R$ 1 milhão”, explicou na época o síndico de um condomínio próximo, Galdoz Francisco Pablos.
Entretanto, o comprador do imóvel, 11 meses depois da venda do mesmo, ainda não apareceu no local. “Não tem cabimento construírem algo nesse espaço, que é de muita utilidade para a vizinhança. Porém, até agora, o vencedor do leilão não deu ‘as caras’ por aqui. Não procurou a comunidade e nem anunciou o que pretende fazer com a área. Estamos lutando para preservar o parque”, explica a moradora Dirce Ghilardi, que auxilia na preservação do terreno.
Há cerca de dois meses, a luta da população ganhou o reforço do vereador Adilson Amadeu (PTB), que acionou o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), ligados à Secretaria Municipal de Cultura, solicitando o tombamento da área. “Entrei com a solicitação e está previsto, para a primeira quinzena de agosto, uma visita ao espaço feita por uma comissão, na qual estarei presente, representando a Câmara Municipal. Os moradores me procuraram e vou fazer de tudo para manter esse terreno do jeito que está”, comenta o vereador.
Amadeu ainda explicou que enquanto o pedido de tombamento não for julgado, a área tem que ser preservada. “Quem comprou o imóvel ainda não apareceu para se pronunciar. Mas uma coisa é certa: durante o processo na Secretaria, o proprietário não pode mexer no terreno, no máximo vendê-lo. Agora, construir não é permitido”, completou o vereador.
JA FOI PROVADO QUE A ZONA LESTE E CARENTE DE AREA VERDE E AGORA VEM ESSE INFELIZ QUERER COMPRAR ESSA AREA QUE PERTENCE AO POVO DA MOOCA EM GERAL, QUE E ISSO TEMOS QUE IMPEDIR QUE ALI SURJA MAIS UM EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO, CHEGA DE CONCRETO QUEREMOS RESPIRAR MELHOR E SER FELIZ E CUIDAR DO POUCO QUE TEMOS NO BAIRRO DA MOOCA, UM VEREADOR JA ESTA DANDO ATENÇAO PRECISAMOS DE MAIS GENTE .
A Moóca não tem verde? Que tal esta carta de uma leitora da Veja São Paulo, publicada mês passado na edição 221 da revista:
“Quando prefeito de São Paulo, Paulo Maluf elaborou um projeto de plantar 1 milhão de árvores. Nascida na Mooca, abracei a ideia. Para minha surpresa, comerciantes do bairro não se interessaram e, quando os “plantadores” iam falar com as donas de casa da região, elas corriam atrás deles com vassoura porque não queriam sujeira na porta de casa. Desgostosa, mudei para os Jardins e a Mooca ficou como ficou, sem verde.
MARIA CRISTINA RUSSO”
http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2221/cartas-sobre-edicao-2220
Ou seja, não tem vítimas na história.
a milhares de vitimas na história e os moradores estão se unindo para converter esta situação.
Humberto, não tome uma parte pelo todo. Se vc tiver algum bom senso (o que me parece não ter), repensaria (se é capaz de tal atividade). “Mudei para os Jardins” é se achar parte de uma elite inútil e gabosa de sua inutilidade. Se tiver de declarar algo, faça-o com palavras justas, não com vaidade e metido a novo-rico.
Já existe uma mobilização dos moradores, idosos e crianças estão ficando sem seu lazer e bem estar, além do pouco ar de qualidade que existe em São Paulo, a milhares de vitimas na história, que absurdo.