Na semana passada, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô promoveu a grafitagem dos muros que delimitam os terrenos usados por cerca de dois anos como canteiros de obras da Linha 2-Verde, ao longo das ruas Tomás Izzo, Barão Aníbal Pepe, Amparo e Ibitirama. O fato colocou a vizinhança em alerta: por que grafitar muros que já deveriam ter sido removidos desde o ano passado? O primeiro prazo divulgado pelo Metrô para reurbanização do trecho foi final de 2010. Em dezembro, sem qualquer movimentação nos antigos canteiros e já recebendo muitas reclamações dos moradores do entorno, a Folha indagou a Cia. sobre o abandono do espaço e a resposta: primeiro trimestre de 2011. Agora, após mais um questionamento, o Metrô informou no último dia 13, que a área verde ficará pronta apenas no final do primeiro semestre de 2012 e os trabalhos no local só devem ser iniciados no segundo semestre deste ano. A justificativa é o atraso na licitação.
“É um absurdo! Este trecho está abandonado, sem luz e por conta do descaso, a praça foi invadida. Após a obra do Metrô, parece que vivemos no extremo da cidade, isolados da civilização. Estes grafites foram uma afronta à inteligência dos moradores. É como arrumar a fachada da casa e deixar o interior destruído. Estes terrenos estão cheios de água parada e isso está sendo denunciado há tempos”, critica o morador da rua Barão Aníbal Pepe que pediu para ter apenas o primeiro nome publicado, Maurício.
A situação também revolta os comerciantes da rua Tomáz Izzo, que desde o início das obras, em 2008, sofrem com a diminuição do fluxo de clientes. “A ocupação deste terreno por parte do Metrô tirou muito a visão dos motoristas e também isolou os pedestres do comércio. O movimento diminuiu consideravelmente nestes dois anos. Ainda mais por conta da proibição de estacionamento aqui na frente”, comenta o encarregado do açougue localizado na via, Veridiano Nunes da Silva. O sócio de uma loja de móveis e decoração no trecho, Saad Mamud, também reclama do abandono do antigo canteiro. “Estamos fechando cedo por conta da falta de luz no trecho, ficou perigoso”, comenta.
Os vizinhos também questionam o novo prazo dado pelo Metrô, já que outras datas para a reurbanização da área não foram cumpridas. “Primeiro, para a própria Folha, prometeram que o trecho ficaria pronto até o final do ano passado. Depois no primeiro trimestre de 2011. E nada foi feito de novo. Quem garante que não é só mais uma promessa?”, indaga a publicitária Solange Dias Comb.
Mas, não é preciso residir ou trabalhar no local para se queixar. Motoristas que utilizam a Tomás Izzo para acessar a rua Ibitirama ou a avenida Zelina também reclamam. “A diminuição de duas faixas da via atrapalhou e muito o trânsito da região. É difícil passar por aqui e a rua ainda serve de rota para ônibus. De noite então a situação só piora com a falta de iluminação”, explica o residente da Vila Bela, Tadeu Queiroz. Para a moradora da região, que se identificou como Marina, outro trecho perigoso é o final da rua Amparo. “Basta pesquisar com os motoristas de ônibus para ver que eles estão insatisfeitos com a curva no final da Amparo com a Tomás Izzo. Acidentes pavorosos já aconteceram neste local”.
O problema segue em frente e atinge os moradores da rua Pedro de Godói, do outro lado da rua Ibitirama, cujo trecho também foi ocupado como canteiro de obras do Metrô e permanece interditado. “Eu até brinquei: na Pedro de Godói, que está mais escondida, o Metrô não se deu ao trabalho nem de grafitar os muros! Isso é revoltante! A única vantagem aqui é que este terreno está iluminado à noite. Que façam logo o que é preciso e parem de enrolar a população”, pede o comerciante Pablo de Araújo Neto.
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Parabéns ao pessoal do Mêtro e ao nosso compententíssimo Governo do Estado de São Paulo, SP.
Isso é BRASIL, chamem o PALOCI…..
na hora de inaugurar eles governantes prometem varias coisas melhorias area de laser para a populaçao do bairro ai voces estao vendo com eles sao pra conquistar alguns votos eles prometem fundos e mundos so que na de fazer eles somem, mais uma liçao de como nao se pode confiar nesses politicos safados nao e srs alkimin/kassab estamos de olho a esperança e altima que morre, nosso lema e sempre esperar ate que aconteça uma tragedia ne.
Infelizmente, esses déspotas só tirarão seus polpudos traseiros de suas cadeiras pra fazer alguma coisa caso venha ocorrer algo de natureza grave nesses canteiros abandonados.
É a velha mania de colocar a fechadura na casa depois de arrombada. O recente caso do assassinato do estudante na USP é um nítido exemplo disso.
Sabem o que vou fazer? Vou enviar uma reclamação para o SPTV Comunidade pra ver se assim o Metrô toma alguma providência, já que se percebe que o Metrô não está nem aí para as reportagens da Folha VP, infelizmente.