De acordo com levantamento feito pela própria Secretaria de Coordenação das Subprefeituras no ano passado, cerca de mil buracos surgem por dia na cidade. Uma das medidas para diminuir este problema é o recapeamento, no entanto, em vias da região que já receberam o serviço, o que se pode ver é que não demora muito para as danificações reaparecerem.
“A rua Jalisco foi recapeada em fevereiro e, passado um mês, o asfalto já está com buracos e afundamentos em alguns pontos.
E a via não tem tráfego tão intenso, imagina se fosse mais movimentada?”, questiona o morador da Água Rasa, Heitor Correia Úrico. “Essa é a qualidade do asfalto que a Prefeitura usa”, conclui.
Na Ielmo Marinho, no Parque São Lucas, que recebeu o serviço há menos de um ano, o que se pode ver são os remendos na pista resultantes dos tapa-buracos. “A cada dia que passa tenho mais certeza que o dinheiro que pago em impostos é jogado no lixo. Recapearam a via e bastou a primeira chuva forte para os buracos aparecerem. Aí vem a Prefeitura e joga mais asfalto em cima, criando lombadas na pista”, reclama o comerciante Kleber Munõs Sanches.
Outra rua recapeada no ano passado e que já apresenta danificações é a Baia Grande, na Vila Bela. “Quando fizeram o serviço, já deixaram alguns buracos, mas depois arrumaram. Porém, pouco tempo se passou e os problemas ressurgiram. São por coisas como essa que a população deixa de acreditar nos políticos deste país”, ressalta a estudante Ana Paula Marques.
A situação se repete na rua Costa Barros, onde há um agravante: a via foi recapeada apenas pela metade. Mas, enquanto esperam o término do serviço, os motoristas já são obrigados a desviar de buracos e remendos na parte da via que recebeu o serviço. “Quando resolverem recapear o resto, já vão ter que refazer toda a via”, completa o farmacêutico Sérgio Noronha.
Em entrevista à reportagem na quinta-feira, dia 14, ocasião em que esteve na Subprefeitura de Vila Prudente, o secretario de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, defendeu a qualidade do serviço. “O nosso recapeamento é o maior e o melhor programa que a América Latina já viu. Ele sempre foi muito bem monitorado. O que pode ter ocorrido nestes casos foi algum problema de deformação, de recalque, de acabamento, ou por conta de chuva ou diferença de temperatura, e por isso pode haver uma ou outra anomalia. Porém é muito importante que a mídia e que a população também nos ajude na fiscalização. A pessoa não precisa ser engenheiro ou doutor em asfalto para verificar algumas deformações. Mas o que vale ressaltar é o trabalho como um todo. Esta gestão foi a que mais fez recapeamento na história da cidade”, completou.
Alguns lugares que foram recapeados ultimamente nem tinham tanta necessidade. Falta atenção especial para Rua Inácio (continuação após a igreja) e o trecho da Rua Gen. Bagnuolo+Rua Maparis que é alternativa a Av. dos Estados/Francisco Mesquita/Shopping todas as manhas está impossível tantos remendos, sem contar na insegurança para os moradores/pedestres, uma lombada cairia bem.
Os recapeamentos são feitos de qualquer jeito. Eles mal passam o pixe e pouco tempo depois o problema reaparece. O serviço tem que ser feito de forma certa, para que, não seja necessário refazer serviço e gastando o dinheiro público desnessáriamente.