A Operação Delegada, parceria entre a Prefeitura e a Polícia Militar do Estado para combater o comércio ambulante irregular, continua gerando polêmicas nas estações Tamanduateí e Vila Prudente do Metrô. Além de começar com atraso em relação às outras subprefeituras e com baixo número de efetivo, os policiais que trabalham na operação nas estações locais ficaram sem receber o pagamento pelo serviço durante duas semanas.
“Tinham que nos pagar até o dia 20 de janeiro. Mas ficou para o dia 25, depois 26 e assim foi… Quando cobramos a corporação eles, ouvimos que a Subprefeitura estava demorando para liberar a verba. Nos outros lugares todo mundo recebeu em dia, só quem trabalha na Vila Prudente e Tamanduateí foi prejudicado”, contou um policial. De acordo com ele, o pagamento só foi liberado na manhã, com 14 dias de atraso.
Entretanto, não é só a demora no pagamento que irrita os PMs. “O número de policiais nas estações da região é pequeno e não tem motivo para isso, pois fazemos esse serviço nos dias de folga. Agora, atrasam o pagamento. Parece que alguém não quer que a operação dê certo na região”, comenta outro PM.
Na Operação Delegada, os policiais, em dias de folga, podem trabalhar até 96 horas por mês através de escalas feitas pela própria corporação. Também usam farda, viaturas, arma e colete de proteção da PM, tendo ainda garantia do seguro e assistência médica.
Resposta
Cobrado pela Folha sobre o caso, o 21º Batalhão de Polícia Militar/Metropolitano informou que “é plenamente justificável um pontual atraso no pagamento da atividade delegada que está no seu início. A atividade delegada na região ocorreu recentemente, o que indica que ajustes de ordem burocrática e técnica ainda estão em andamento, tudo visando aperfeiçoá-la e atender os princípios que regem a administração pública, pois envolve estado e município”. Foi ressaltado ainda que a situação não deverá se repetir e que o efetivo, ao todo, nas duas estações é de nove policiais e poderá ser aumentado de acordo com eventuais necessidades surgidas.
Já a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, órgão municipal responsável pela operação, informou que dinheiro foi repassado para a Polícia Militar dentro do prazo estipulado, e que o pagamento direto é feito pela própria PM.
E nesse mês de Março hoje já é dia 13 e até agora não foi realizado o pagamento.