No dia 3 de setembro, Maria Aparecida Pereira de Freitas, de 54 anos, sofreu um acidente doméstico e machucou o dedo anelar da mão direita. A dona de casa resolveu ir até a unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Hermenegildo Morbin Junior, no Jardim Independência, que fica a poucos metros de sua casa. No local, conforme familiares, ela foi atendida por um clínico geral, que após analisar a radiografia, informou que era apenas uma luxação e receitou remédio, além de compressas de gelo. Como o dedo de Maria não melhorava, seu filho, Marcio Pereira de Freitas, resolveu então levá-la até o hospital estadual de Vila Alpina, onde foi constatado que o membro estava quebrado e que a paciente necessitaria de cirurgia.
“Ela foi até a AMA na sexta-feira. Logo que chegou em casa, eu, que não sou médico, olhei a radiografia e tive certeza que o dedo estava fraturado. Porém, como minha mãe tinha acabado de vir do médico e ele tinha dito que era luxação, ela resolveu esperar. Mas na segunda-feira de manhã, após tomar a medicação e fazer compressas de gelo, ela ainda sentia dor e o dedo já estava ficando preto, resolvi então a levar ao Vila Alpina. Mostramos a radiografia para o médico que de cara disse que estava quebrado e nos encaminhou para o ortopedista, que após analisá-la, informou que devido a demora do atendimento correto, o dedo não voltaria ao lugar e que minha mãe teria que passar por cirurgia. Ficamos revoltados com a situação”, explica Freitas.
O filho ainda conta que Maria teve que refazer a intervenção médica. “Ela foi operada no dia 11 de setembro, mas duas semanas depois, no retorno ao ortopedista, o mesmo informou que o dedo dela teria mexido, apesar de estar com tala, e que nova cirurgia deveria ser feita. Minha mãe foi operada novamente no dia 5 de outubro e encaminhada para acompanhamento na AMA Heliópolis. Ela ainda terá que fazer fisioterapia por conta do tempo em que ficou com a mão enfaixada. Segundo o médico do Vila Alpina, se ela fosse atendida corretamente na primeira vez (na AMA), nada disso seria preciso”, ressalta Freitas.
Revoltado com a situação, Freitas cobra agora um esclarecimento da unidade médica do Jardim Independência. “Enquanto minha mãe estava esperando para ser operada pela primeira vez no Vila Alpina, meu irmão foi até a AMA e comunicou o que tinha acontecido. A assistente social da unidade o atendeu e disse que tomariam as providências e que em dentro de duas semanas teriam uma posição para nos comunicar. Porém, até agora, ninguém nos informou nada!”, completa.
A reportagem questionou a Secretaria Municipal de Saúde sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.
Minha amiga, agradeça a DEUS. por não terem AMPUTADO o seu dedo, afinal trata-se de hospital público.