Questionado sobre o motivo da estação ainda não estar operando em período integral, Goldman alegou que isso só vai acontecer quando “tudo estiver funcionando como realmente deve funcionar”. “Todas as estações do Metrô, quando começam a operar, atendem um protocolo tecnicamente estabelecido. Este protocolo define o início num período menor e a partir das verificações que são feitas de todos os equipamentos e do sistema diariamente, o horário é ampliando progressivamente. Isso ocorre até ficar constatado que tudo está funcionando como realmente deve funcionar. Aí sim a estação fica liberada no período integral. Todas as estações atendem este tipo de protocolo”, explicou Goldman.
Lembrado que na Vila Prudente a Operação Assistida já persiste por dois meses, tempo superior ao aplicado em outras paradas do Metrô; o governador afirmou de imediato que “a ansiedade é de todos, inclusive minha”. Depois continuou: “Temos que obedecer todos os protocolos técnicos, não podemos ultrapassar nenhum deles sob pena de cometer algum erro, de não ter a segurança devida e também do sistema não funcionar devidamente bem. Mas, posso garantir que essa ansiedade dos usuários é compartilhada por todos nós”.
Novo trem
O 16º trem entregue no ato é o último para esta etapa da Linha 2. “Com isso atendemos a demanda necessária para área. Futuramente teremos os novos trens para a expansão da linha, cujas obras já estão em andamento, inicialmente da Vila Prudente até Oratório e depois, até a Cidade Tiradentes. Mas, para outras linhas ainda temos cerca de uma centena de trens para entregar. Estamos recebendo quase que diariamente os novos trens encomendados”, afirmou Goldman.
A exemplo do que já ocorreu com outras comunidades a cada novo trem entregue, o evento na estação Vila Prudente serviu também como homenagem ‘aos mineiros de São Paulo’, começando pelos próprios funcionários mineiros do Metrô que foram convidados a participar da solenidade e subiram ao palco ao lado das autoridades. Além de Goldman, estavam presentes o prefeito Gilberto Kassab, o secretário de Estado do Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, e o governador eleito de Minas Gerais, Antonio Anastasia. “Minas e São Paulo têm uma identidade muito grande, maior ainda quando se trata de uma homenagem relativa aos trens, algo que é muito valioso para nós mineiros. O trem foi incorporado inclusive ao nosso vocabulário, muito utilizado quando queremos indagar algo”, lembrou Anastasia.
Aproveitando o momento, Goldman comparou a diferença entre as demandas atendidas pelo Metrô de São Paulo e de Minas Gerais, ressaltando que o primeiro conta com investimento do governo estadual e o segundo, do federal. “Atingimos a marca de mais de seis milhões de passageiros transportados diariamente. Em poucos anos, vamos chegar a 10 milhões de usuários. Belo Horizonte conta apenas com uma linha de Metrô que atende somente 100 mil pessoas por dia. Em Minas Gerais, o Metrô é responsabilidade do Governo Federal”.