Após matéria publicada pela Folha no dia 13 de agosto, que denunciou a ocupação irregular do imóvel no número 59 da rua João Antonio de Oliveira, na Mooca – que por mais de 70 anos abrigou funções sociais e educacionais, inclusive a histórica creche Marina Crespi – autoridades e responsáveis pela área começaram a se mobilizar para tentar minimizar o já consolidado problema.
A Fundação Ninho Jardim Condessa Marina Crespi – proprietária do prédio – entrou no dia19 de agosto na Justiça com um pedido de reintegração de posse para conseguir retirar as famílias que já ocupam o espaço e a Prefeitura designou guardas civis metropolitanos para permanecerem na área. Um dos guardas revelou à Folha que a intenção é evitar o crescimento da população de sem-tetos.
Segundo os ocupantes, cerca de 100 pessoas, sendo quase a metade crianças, estão alojadas no imóvel. No início do mês, quando a Folha esteve no local, constatou que as diversas dependências já estavam “reservadas” com o nome da família fixado na entrada e várias adaptações aconteciam no prédio. No dia 13 de agosto, após denúncia feita à redação, a reportagem flagrou caminhões repletos de vigas de madeira entrando no imóvel. O material seria utilizado para a edificação de abrigos e teve que ser removido com a chegada da GCM. O prédio em questão é objeto de um processo de tombamento aberto pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP), vinculado à Secretaria Municipal de Cultura.
Desde 1º de julho, quando o processo foi publicado no Diário Oficial do Município, a edificação não pode mais passar por serviços de manutenção, emergenciais ou de pequenos reparos, sem antes ser analisado pelo Departamento de Patrimônio Histórico do Município (DPH) e aprovado pelo CONPRESP – o que não foi respeitado.
No dia 16 de agosto, aproveitando a presença de Gilberto Kassab em um evento na unidade Mooca da AACD, a reportagem indagou o prefeito e seu assessor pediu para o subprefeito Rubens Casado se manifestar. Até então, ele não havia se pronunciado apesar das solicitações da Folha. Casado afirmou que, após a reportagem, foram feitas solicitações à Polícia Militar e ao Departamento de Patrimônio Histórico do Município para que avaliassem de que forma podem intervir no caso. De acordo com ele, a GCM também foi acionada para ajudar na preservação do imóvel.
A PM informou que equipes da 3ªCompanhia do 45ºBatalhão da Polícia Militar/Metropolitano, responsável pelo policiamento na área, estiveram no local e contabilizaram cerca de 15 famílias vivendo no prédio, e ressaltou que não cabe à polícia a remoção sem um mandato judicial.
A Folha conversou com a responsável pela Fundação Ninho Jardim Condessa Crespi, a qual afirmou que, após tomar conhecimento da situação do imóvel através do jornal, mandou um representante até o local para fazer uma avaliação e que o mesmo foi hostilizado pelos o c u p a n t e s . Ela contou que a Prefeitura foi acionada e se comprometeu a manter guardas civis metropolitanos na área.
Gostaria de comunicar que a indiferença da subprefeitura mooca esta gerando novas invasoes no bairro.Contamos tambem com o aumento da criminalidade no bairro da mooca e o aumento de catadores que vasculham os sacos de lixo ,deixando a sujeira toda espalhada pelas calçadas,o que está gerando alagamentos pelo bairro.
Gostaria que fossem tomadas providencias urgentes,pois na antiga creche estão sendo feitas festas com musica alta ,bagunça e uso de substancias ilicitas…Eaí prefeito??É justo substituir as crianças da creche por bandidos???