Em outubro do ano passado, a Prefeitura iniciou o recapeamento da avenida Anhaia Mello, entre as estações Oratório e São Lucas da Linha 15 – Prata. No entanto, o trecho não recebeu nova sinalização de solo após o serviço – sequer as faixas de travessia para pedestres foram refeitas, o que pode gerar graves acidentes. A reportagem cobrou a Prefeitura que informou que a responsável pelo serviço é da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô por causa da compensação do impacto das obras do monotrilho ao longo da avenida. O Metrô por sua vez alegou que o atraso no serviço é por culpa da chuva – que sempre acontecem neste período do ano. Vale ressaltar que a Prefeitura usou o mesmo argumento para interromper o recapeamento no restante da Anhaia Mello.
Devido à ausência de faixas de separação de pista está inseguro trafegar pela avenida. “Está muito confuso. Há poucos dias perdi o retrovisor do meu carro por conta de uma colisão. O condutor do outro veículo se atrapalhou com a falta de faixas e jogou o carro para cima do meu. Consegui desviar, mas o retrovisor foi atingido”, contou o morador do São Lucas, Gilmar Pinto.
O taxista Valdemar de Souza conta que já presenciou duas colisões por conta da ausência de faixas de separação de pista. “Há cerca de uma semana, um dia chuvoso e à noite, vi um carro e uma moto se chocarem. Por sorte não aconteceu nada mais grave. O motorista se atrapalhou e jogou o carro para cima do motoqueiro que estava o ultrapassando”, relatou.
Quem também sofre e se arrisca com a ausência de sinalização são os pedestres. As faixas de travessia ainda não foram pintadas. “Os semáforos estão funcionando, mas os motoristas não sabem onde parar os carros. Muitos freiam em cima do local da passagem, o que torna a travessia perigosa. Algo precisa ser feito com urgência”, afirmou a vendedora Maria da Graça.
O Metrô alegou que o serviço de pintura de faixas foi iniciado no último dia 13 – apesar de o recapeamento ter sido concluído há mais tempo. Porém, em função das chuvas, o trabalho foi interrompido, devendo ser retomado assim que as precipitações diminuírem. (Gerson Rodrigues)