Cemitério São Pedro não atende demanda de enterros


No momento mais doloroso para uma família – o de se despedir de um entre querido, moradores das imediações ainda estão enfrentando transtornos para viabilizar o enterro. A redação da Folha tem recebido queixas de que muitos pedidos de sepultamentos no cemitério municipal São Pedro, na Vila Alpina, estão sendo negados.

“Os velórios acontecem normalmente, mas sepultamentos são encaminhados para outros locais, inclusive para o cemitério Curuçá em Santo André. Longe demais pra quem mora nos arredores da Vila Alpina. É um descaso com os familiares em um momento tão difícil”, reclama Erica Matheus.

A Prefeitura, por meio do Serviço Funerário, informou que tem empenhado todos os esforços para prestar um atendimento humanizado, principalmente por se tratar de um período de extrema fragilidade emocional que atinge todos os envolvidos com o luto. Contudo, esclarece que em razão da grande procura por sepultamentos no Cemitério São Pedro e também do número significativo de corpos advindos de outras localidades, a quantidade de vagas disponível não é suficiente para atender a demanda.

De acordo com o Serviço Funerário, são realizados, em média, 180 sepultamentos por mês. Para que novos espaços sejam liberados é necessário aguardar o prazo legal estipulado de três anos e um mês para que sejam iniciadas as exumações.

Foi esclarecido que são disponibilizadas aproximadamente 10 vagas por dia para enterro em Quadra Geral Terra. Já os sepultamentos infantis e na área de Concessão estão liberados.

Mooca tem animado grupo de caminhada
Em novembro do ano passado 130 integrantes desceram a estrada velha de Santos

 

Com a ideia de ajudar amigos a saírem do sedentarismo e praticarem atividade física, além de proporcionar integração social, o morador da Mooca, Moises Naif, criou há um ano e meio o grupo de caminhada Andameu. Inicialmente a quantidade de participantes era pequena, mas a notícia foi se espalhando e hoje já conta com mais de 300 integrantes que se reúnem três vezes por semana e aos domingos.

Com muita descontração e amizade, os treinos acontecem de segunda, quarta e sexta a partir das 19h30 e aos domingos às 6h30. O ponto de encontro é a tradicional praça Visconde de Souza Fontes, altura do número 374, na Mooca. As caminhadas noturnas ocorrem por ruas, becos, vielas, parques e pontos turísticos do bairro e algumas vezes se estendem para outros locais da cidade.

“O nosso objetivo é dar um basta no sedentarismo, resgatar e motivar as pessoas que sofrem de depressão e isolamento social, reduzir peso sem o uso de medidas drásticas e a socialização durante os treinos, passeios e eventos que realizamos no decorrer do ano. Até em karaokê nós já fomos”, contou Naif com descontração.

O acesso e a participação no grupo são gratuitos e as informações e recados são transmitidos aos integrantes através da página do grupo nas redes sociais e no Whatsapp.

Os treinos são divididos em níveis leve, médio e pesado. Durante a semana todos os percursos tem a distância entre 5 e 7 km, com duração de 1h30. Os mais experientes, de forma espontânea e descompromissada monitoram e acompanham os demais. No final todos andarilhos amam, pois a descarga de endorfina e a adrenalina são revigorantes”, completou.

Entre os participantes há pessoas de todas as idades, como crianças e um senhor de 80 anos, mas a grande maioria está na faixa entre 40 e 60 anos.

Passeios

Além de percorrer ruas da Mooca, o grupo promove caminhadas em pontos atrativos em alguns finais de semana. Entre os passeios já realizados destaca-se o Festival de Inverno de Paranapiacaba; as idas até o Parque Ecológico do Tietê; estádios do Corinthians, em Itaquera, e do Palmeiras, na Barra Funda; Parques do Ibirapuera e da Juventude, subida ao Pico do Jaraguá e a descida da estrada velha de Santos.

A moradora da Mooca Valdete Basso descobriu o Andameu há cerca de cinco meses e afirma se arrepender de não ter participado antes. “Fiquei sabendo do grupo pelo Facebook e percebi que era tudo o que eu precisava. Além de atividade física, conheço pessoas, faço amizades, dou muita risada. É uma grande terapia fazer parte do Andameu”, declarou. (Gerson Rodrigues)

Ponto de encontro é na praça Visconde de Souza Fontes, altura do número 374

 

Após incêndio, Unidos de São Lucas tenta se reerguer

Na tarde do sábado, dia 4, o barracão da escola de samba Unidos de São Lucas, anexo à quadra da agremiação, que fica na rua Carminha, Parque São Lucas, foi atingido pelo fogo. Não houve feridos, mas faltando menos de dois meses para o Carnaval, a agremiação sofreu grande perda material, como fantasias, alegorias, esculturas e estruturas de carros alegóricos. As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas.

De acordo com a presidente da escola, Maristela do Amaral, o prejuízo foi muito grande. “Perdemos mais de 60% do que já havíamos preparado para o carnaval deste ano. Não temos como mensurar em termos financeiros”, declarou a presidente.

O incêndio também destruiu a sala administrativa, com computadores e documentos, além da fiação elétrica da quadra, onde acontecem os ensaios.

A agremiação vai desfilar no Grupo de Acesso I de Bairros (antigo Grupo 3) no Carnaval deste ano. De acordo com a presidente, a comunidade está ainda mais unida e fará uma apresentação de superação. “Conseguimos salvar algumas coisas e escolas coirmãs estão nos ajudando com doações de materiais, esculturas, estruturas de carros, entre outras coisas”, completou.

A previsão é levar para o desfile cerca de 500 componentes, um carro alegórico, um quadripé, três casais de mestre- sala e porta-bandeira e 12 alas. O enredo deste ano é: “São Lucas, a fonte sagrada da Juventude na esperança de um mundo melhor”. A agremiação será a última a desfilar no dia 24 de fevereiro na avenida Alvinópolis, Vila Esperança. (Gerson Rodrigues)

Desfecho do caso do morador de rua incendiado na Mooca


Na madrugada do domingo, dia 5, Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, dormia sob a marquise de um supermercado na rua Celso de Azevedo Marques, na Mooca, quando teve o corpo incendiado. Com graves ferimentos, a vítima foi encaminhada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros ao hospital municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé, onde faleceu na manhã da segunda-feira, dia 6. Três dias depois, a Polícia Civil conseguiu deter o suspeito Flausino Candido Filho, de 49 anos, conhecido como Buiu. Também é morador de rua e confessou a autoria do crime, segundo os delegados responsáveis pelo caso. Ele foi localizado na madrugada da quarta-feira, dia 8, na região do Ipiranga, por equipe do 18º Distrito Policial – Alto da Mooca. O pedido de prisão temporária foi acatado pela Justiça.

Após a prisão, em coletiva de imprensa no Departamento de Polícia Judiciária (Decap), foi informado que além de confessar a ação, o detido também foi reconhecido por testemunhas. Ele já ficava com frequência naquela região da Mooca antes do crime.

Participaram da coletiva o delegado Glaucus Vinicius Silva, titular do 56º DP – Vila Alpina, onde a ocorrência foi registrada durante o plantão; a delegada Silvana Sentieri Françolin, titular 18º DP, unidade que tocou as investigações; e o delegado Helio Bressan, responsável pela 5ª Delegacia Seccional (Leste).

A motivação para o crime seria uma desavença entre o detido e a vítima. “Ainda estamos apurando o motivo”, explicou o delegado Bressan. Ele destacou que o crime foi solucionado em três dias culminado com a prisão do responsável. “Esse fato leva à conclusão de que a Polícia Judiciária de São Paulo e a Polícia Civil têm feito um trabalho orgulhoso”, finalizou Bressan.

O crime

Ainda consciente durante o socorro, Silva contou que não sabia quem era o agressor porque dormia no momento do ataque. Vizinhos relataram os momentos de pânico diante do homem incendiado. Ele teve queimaduras de segundo e terceiro graus nas pernas, costas, tórax e rosto.

Imagens de câmeras de segurança das imediações que flagraram o crime foram decisivas para resolução do caso. Mostram o homem jogando um líquido em um pequeno fogo e logo na sequência as chamas ganham grandes proporções. Também o denunciam correndo depois. Policiais fizeram inclusive buscas em hospitais das imediações, pois ele também sofreu queimaduras. Foi considerado que ele assumiu o risco de matar a vítima e, por isso, foi indiciado pelo crime de homicídio doloso.

O corpo de Silva foi transportado para Sergipe e levado pelos familiares para a cidade de Nossa Senhora da Glória, local de nascimento da vítima.

Crime aconteceu sob uma marquise da rua Celso de Azevedo Marques.
Homenagem: conheça a história do padre Mario Smolders


Com o falecimento de padre Mário Smolders no dia 30 de dezembro foi-se o último sacerdote holandês da Congregação dos Sagrados Corações (SS.CC.) a servir na igreja de Santo Emídio.

Nascido em Tilburg (100 km de Amesterdã) no seio de família extremamente devota, padre Mario revelou sua vocação religiosa ainda criança, indo estudar no seminário menor da congregação.

Ali aprendeu latim, grego, francês e inglês enquanto estudava teologia e filosofia. Proferiu seus votos perpétuos em 1956 e foi ordenado em setembro de 1958.

Com o prenúncio da guerra alarmando a Europa padre Mario foi enviado ao Brasil onde desembarcou em 1960, indo lecionar em Ferraz de Vasconcelos, no Seminário Cristo Rei da Congregação. Chegou em Vila Prudente no dia 27 de abril de 1964 para ser um dos coadjutores de padre Pacômio Maas – o outro coadjutor era padre Mauro Pastoors. Nos 55 anos em que deu sua contribuição sacerdotal à Santo Emídio padre Mário teve participação particular na formação religiosa de jovens, verdadeiro mestre de gerações. Seu trabalho nesta área foi incomparável.

Em outubro de 1989 assumiu como pároco de Santo Emídio, cargo que ocupou até maio de 2008. Neste período deu ênfase à reforma da igreja, deixando o projeto a cargo de Cláudio Pastro, considerado um dos maiores artistas sacro nacional.

A missa de corpo presente foi celebrada no próprio dia 30 com a presença do bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, dom Luiz Carlos Dias, e grande comparecimento de fiéis e amigos, marcando a despedida de padre Mário Smolders. Seu corpo foi levado no dia seguinte ao cemitério da Congregação em Pindamonhangaba.

Nascido na Holanda, padre Mario chegou em Vila Prudente em 1964, com 30 anos de idade. Por 55 anos esteve na Paróquia de Santo Emídio.
“Dia de Praia” no Teatro Arthur Azevedo


O teatro municipal Arthur Azevedo, na Mooca, recebe o espetáculo “Dia de Praia” com a Cia. Circo Delas. A temporada faz parte da programação de férias e segue até 2 de fevereiro, sempre aos sábados e domingos às 16h (exceto no dia 12).

A peça mescla as linguagens de teatro e circo em uma narrativa quase sem falas, utilizando-se de comicidade física, manipulação de objetos e equilibrismo para contar a divertida história de Carmela: uma palhaça que decide ir à praia para se divertir e relaxar, mas encontra dificuldade em lidar com o sol escaldante e manejar seu guarda-sol e sua cadeira para montar seu cantinho em meio a uma praia lotada.

A partir das trapalhadas e da imaginação da palhaça, “Dia de Praia” tece poética e divertida narrativa, discutindo a potência de transformação de erros e tropeços do dia-a-dia e a possibilidade de rir de si mesmo. “Carmela se dá liberdades e não finge costume. Faz o que quer, dança no meio da praia sozinha, por exemplo. Tem toda uma liberdade inspiradora em seu dia a dia. Trata também sobre criar esses respiros para nossas ternuras, enxergar e amolecer a casca feita da dureza do mundo. Por isso, o espetáculo é para todas as idades, é para qualquer pessoa que queira redescobrir diversão naquelas coisas pequeninas e potentes do dia a dia, que sabe que estamos juntas nessa vida e precisamos compartilhar nosso lugar ao sol para todas brilharem.”, afirma Melina Marchetti palhaça e criadora do espetáculo.

Os ingressos para a peça serão vendidos a preços populares: R$ 20 inteira, e R$ 10 meia.

Teatro Arthur Azevedo: avenida Paes de Barros, 955. Mooca.

Carmela é uma palhaça que decide ir à praia para se divertir e relaxar, mas tem que enfrentar algumas dificuldades. (Fotos: Arô Ribeiro)

 

Museu da Imigração tem programação de férias


Até 2 de fevereiro, o Museu da Imigração, na Mooca, conta com uma programação especial e gratuita para proporcionar brincadeiras, aprendizados e momentos únicos em família com ambiente lúdico, espaço de leitura, contação de história, oficina de bordado e pintura para bebês.

Já tradicional nos meses de janeiro e julho, o espaço lúdico “Mundo de Brincar” conta com brinquedos educativos, piscina de bolinhas, cama elástica, cantinho para leitura, fantoches e desenhos para colorir. É um sucesso entre os visitantes desde o seu lançamento em janeiro de 2016. A área fica aberta de quarta a domingo das 11h às 17h. Para participar, a garotada deve estar sempre acompanhada de um responsável e não é necessário se inscrever previamente, porém o local tem capacidade limitada.

Por meio de uma parceria com a Fundação Bunge, o museu inaugurou recentemente o espaço de leitura “Semear Leitores”, criado para estimular o contato do público infantil com os livros de maneira atrativa e prazerosa. O ambiente dispõe de estantes baixas para facilitar o acesso a cerca de mil títulos, pufes, tatame e elementos que remetem à imigração, como trem e navio onde todos podem sentar para ler. O horário de funcionamento é de quarta a domingo das 11h às 17h.

Outra atividade é a ação “Era uma vez uma cidade chamada Jardim”, voltada para todas as idades e que acontece na próxima quarta-feira, dia 15, às 15h. A história valoriza o cultivo da harmonia em dias difíceis e entre seres diferentes e também a importância da natureza. As inscrições para quem quiser assistir serão realizadas a partir das 14h.

Ainda no dia 15, às 15h, o Núcleo Educativo promove uma edição especial da oficina de artesanato “Ponto a ponto”, focando no bordado livre para toda a família, com faixa etária a partir de 6 anos. A “Pintura para bebês: verão”, marcada para 1º de fevereiro, às 15h, proporcionará uma atividade sensorial com cores e texturas, no jardim, para as crianças até 4 anos. Para participar dessas programações educativas, é necessário entrar em contato antecipadamente pelo e-mail: inscricao@museudaimigracao.org.br.

Museu da Imigração: rua Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca – telefone: 2692-1866. Funcionamento: de terça a sábado das 9h às 17h; e aos domingos das 10h às 17h. Ingresso R$10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos. Entrada gratuita aos sábados.

Inscrições para apresentações de músicos na estação Vila Prudente

Até a sexta-feira, dia 10, estão abertas as inscrições para artistas e bandas se apresentarem na programação da Linha da Cultura no Metrô. Serão selecionados músicos para sete apresentações nos finais de tarde, entre os dias 16 de janeiro e 27 de fevereiro, na estação Vila Prudente da Linha 15 – Prata, que é integrada à Linha 2 – Verde.

As inscrições podem ser feitas no link https://tinyurl.com/quertocarnometro,  enviando os dados, currículo e portfólio artístico. A seleção será feita por uma curadoria especializada, que vai divulgar o resultado no dia 13 de janeiro no site e redes sociais do Metrô.

A ideia é dar visibilidade a artistas independentes que buscam um novo espaço para se apresentarem e levar diversos estilos musicais de forma gratuita aos passageiros do Metrô. 

Suspeito de matar morador de rua detido no 18º DP


O homem, cujo nome ainda não foi revelado, era procurado desde o domingo, dia 5, após atear fogo e matar Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, que dormia sob a marquise de um supermercado na rua Celso de Azevedo Marques, na Mooca. Ele foi detido nesta madrugada, dia 8, na região do Ipiranga por equipes do 18º Distrito Policial – Alto da Mooca. Conforme informações preliminares, trata-se de outro morador de rua e teria assumido a ação. O pedido de prisão temporária foi acatado pela Justiça. 

Deve começar em instantes uma coletiva de imprensa no Departamento de Polícia Judiciária (Decap) para fornecer mais informações sobre o caso. Estarão presentes os delegados titulares do 56º DP – Vila Alpina, onde a ocorrência foi registrada durante o plantão, e do 18º DP que tocou as investigações.

A vítima teve graves queimaduras de segundo e terceiro graus nas pernas, costas, tórax e rosto.  Foi encaminhada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde faleceu na manhã da segunda-feira, dia 6.

Imagens de câmeras de segurança das imediações do local do crime mostra um homem jogando um líquido em um pequeno fogo e logo na sequência as chamas ganham grandes proporções. O suspeito sai correndo. Policiais fizeram inclusive buscas em hospitais das imediações, pois acreditavam que ele também sofreu queimaduras.

O corpo Carlos Roberto Vieira da Silva será transportado para Sergipe. E será levado pelos familiares para a cidade de Nossa Senhora da Glória, local de nascimento da vítima.

 

 

Linha 15: novas estações das 4h40 à meia-noite


Inauguradas no dia 16 do mês passado, as estações Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus da Linha 15-Prata do monotrilho, operada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, já estão funcionando das 4h40 à 0h todos os dias da semana, com exceção dos sábados, quando a operação é estendida até a 1h.

De acordo com o Metrô, o tempo de deslocamento de São Mateus para o centro da cidade foi reduzido em até 50%. A estimativa é que a Linha 15 passe a atender agora 330 mil pessoas por dia.

Problemas na virada do ano

No último dia de 2019, houve furto de cabos de energia na nova estação São Mateus, o que afetou a operação da Linha 15. Já nos primeiros dias de 2020, a falha em equipamento de via próximo à estação São Lucas obrigou um esquema de operação em dois trechos que se estendeu durante os dias 2 e 3. O monotrilho funcionou entre Vila Prudente e Camilo Haddad, onde o passageiro precisava fazer a troca de trem para seguir adiante. Em nota, o Metrô lamentou o transtorno e informou que a falha demandou tempo maior do que previsto para os reparos.