Equipe da região estreia com vitória na Taça das Favelas

Começou no último sábado, dia 6, no campo do Centro Esportivo Vicente Feola, na Vila Manchester, a disputa da área Leste da Taça das Favelas. A equipe que representa a região, da comunidade de Vila Prudente, venceu o primeiro desafio contra a Favela Vila São Pedro. A partida terminou empatada em 1 a 1 no tempo normal e o time local ganhou nos pênaltis por 4 a 3.

Ansiosa com a estreia, a equipe da região começou o jogo nervosa, mas aos poucos foi se encontrando e abriu o marcador no primeiro tempo com o jovem atleta Rikelme. O gol de empate saiu nos minutos finais da partida. Mas, na disputa dos pênaltis, o goleiro Giovani mostrou seu talento e defendeu uma das cobranças, dando a vitória à Vila Prudente.

Como a primeira fase ainda não foi finalizada, a equipe da região aguarda os outros resultados para conhecer o segundo adversário e quando será o próximo jogo.

O torneio

Depois de passar por 12 capitais brasileiras, o campeonato amador de futebol está sendo realizado em São Paulo pela primeira vez neste ano. O campeonato é organizado pela Central Única das Favelas (CUFA) e produzida pela InFavela, com apoio da Prefeitura. A competição conta com a participação de 64 favelas para o torneio masculino e 32 na categoria feminina. A estimativa dos organizadores é mobilizar 20 mil jovens entre 14 a 17 anos.

A região é representada pelo time masculino da Favela de Vila Prudente, formado por 25 jogadores e orientados pelo treinador Leandro da Silva e pelo auxiliar Ivanildo Gonçalves.

Em ambas as categorias (masculino e feminino), o sistema será de mata-mata. A partir das quartas de final os duelos serão formados a partir do desempenho das equipes, o melhor joga contra o oitavo, o segundo contra o sétimo, e assim por diante. Os campeões da Taça das Favelas, feminino e masculino, serão conhecidos no dia 1º de junho. A partida final acontece no estádio do Pacaembu.

 

Meta da Prefeitura é zerar os pedidos de tapa-buraco

Depois de ser alvo de muitas críticas e até de inusitados protestos em diferentes pontos da cidade por conta da grande quantidade de buracos nas vias, a Prefeitura anunciou nesta semana, que conseguiu realizar licitação de três usinas de asfalto, que serão responsáveis pela produção de mil toneladas por dia de material para o serviço de pavimentação na cidade. “A meta da administração municipal é zerar os pedidos de tapa-buracos registrados via central SP156”, afirmou o secretário das Subprefeituras, Alexandre Modonezi.

A Prefeitura pretende cumprir o desafio em 40 dias. A recomendação é que todas as reclamações de buracos sejam registradas no Portal SP 156.

Em fevereiro, a Folha mostrou que o serviço da Prefeitura estava muito abaixo do esperado na região. Conforme dados divulgados pelo governo na ocasião, entre janeiro e dezembro de 2018, foram tapados 4.437 buracos na região da Subprefeitura de Vila Prudente e outros 2.017 na área da Subprefeitura Mooca, uma média muito abaixo do necessário. Na Vila Prudente, que compreende área de 19,80 km² de extensão, foram reparados 12,3 buracos por dia e na Mooca, que possui área de 35,92 km², foram consertados apenas 5,6. A escassez do serviço e a falta de recapeamento resultaram na esburacada situação da maioria das vias.

Na ocasião da reportagem a Secretaria das Subprefeituras informou que a Mooca e a Vila Prudente trabalharam em 2018, em média, com uma equipe de 10 pessoas em cada subprefeitura, utilizando cerca de 250 toneladas de massa asfáltica mensalmente. Foi ressaltado que neste ano as duas subprefeitura dobrariam o número de equipes e a quantidade de massa asfáltica por mês.

Moradores afetados pelas enchentes não conseguem sacar o FGTS

No dia 14 de março – três dias depois da violenta enchente que atingiu Vila Prudente, Mooca e arredores – o governador João Doria, o prefeito Bruno Covas e o ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, definiram alguns benefícios para as pessoas afetadas tentarem recuperar o que foi perdido com a inundação. Um dos anúncios foi a liberação do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, passado quase um mês da enchente histórica, moradores prejudicados ainda não conseguiram o benefício, mesmo já tendo realizado todos os trâmites burocráticos junto à Defesa Civil do município.

“Estive na agência da Caixa Econômica Federal da Vila Prudente 15 dias depois da enchente para dar entrada no pedido de saque do fundo de garantia, mas os atendentes disseram que não receberam orientação sobre o assunto e não tinham previsão da liberação. Já retornei mais três vezes e nada. Consegui o laudo na Defesa Civil que atesta que o meu imóvel está entre os afetados, mas não adiantou. O Governo promete um benefício, mas não agiliza os trâmites. Se fossemos depender do FGTS para sobreviver, já teríamos morrido”, comentou o morador da rua Torquato Tasso, na Vila Prudente, José Luís Souza Neto.

Questionada pela Folha, a Caixa Econômica Federal informou que está aguardando a Prefeitura enviar documentação que delimita as unidades residenciais realmente afetadas pelos alagamentos e a demarcação da área.

A Prefeitura esclareceu que a Defesa Civil do Município alimentou o sistema do órgão nacional com os endereços afetados. No entanto, a Caixa solicitou detalhamentos que possibilitem identificar cada imóvel prejudicado, o que está sendo feito. Não foi divulgado prazo para a conclusão do levantamento e, consequentemente, para os munícipes conseguirem de fato sacarem o FGTS.

Como proceder

Assim que a Caixa e a Prefeitura finalizarem os trâmites, a pessoa solicitante deve comparecer à uma agência da Caixa munido do laudo emitido pela Defesa Civil local, Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), comprovante de residência, documento de identificação e comprovante de inscrição no PIS/PASEP/CI. O valor do saque será equivalente ao saldo existente na conta vinculada, na data da solicitação, limitando à quantia correspondente a R$ 6.220, por evento caracterizado como desastre natural. (Gerson Rodrigues)

 

Quadras abertas no CEE Arthur Friedenreich

O último sábado, dia 30, foi festivo no Centro Educacional e Esportivo (CEE) Arthur Friedenreich – oficialmente chamado de Clube Escola pela Prefeitura, mas o nome “não pegou” entre os usuários, principalmente os mais antigos. E são várias gerações frequentando a unidade municipal que completou 50 anos no dia 29 de março. Além da comemoração pelo aniversário, no sábado foram entregues duas novas quadras: uma poliesportiva e a outra para a prática de tênis.

A solenidade contou com uma tocha oficial da Olimpíada do Rio 2016 e a pira, da Secretaria Municipal de Esportes, foi acesa pelo atleta Raphael Magalhães que iniciou os treinamentos aos 13 anos na pista do Friedenreich, hoje é profissional pelo Sesi de Santo André, disputa maratonas internacionais e busca índice para estar nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio no Japão. O coral da Guarda Civil Metropolitana (GCM) entoou o Hino Nacional.
Após a abertura oficial e os agradecimentos feitos pelo coordenador do clube, Marcos Santos; o presidente do Círculo de Trabalhadores de Vila Prudente e da Folha, Newton Zadra, falou um pouco sobre a história, a tradição e a importância do centro esportivo. Ele destacou a luta do jornal e da comunidade para conseguir devolver vários equipamentos ao espaço, como as três piscinas públicas fechadas há quatro verões. Zadra também foi convidado a percorrer alguns metros com a tocha olímpica, além de atletas, crianças e jovens.
Entre as autoridades e personalidades, foi registrada a presença da vereadora Edir Sales (PSD) e de José Amaury Russo, ex-presidente da Federação Internacional de Esportes para Pessoas com Deficiência Intelectual (INAS), morador e empresário na região.
Crianças e jovens de comunidades carentes locais puderam se divertir em diversas atividades ao longo da manhã e início da tarde. A festa também contou com equipes de vôlei e basquete de projetos sociais que estrearam as novas quadras, além de skatistas e praticantes de parkour, grupos de capoeira, entre outros.
Novas quadras
A utilização das quadras é gratuita e de acordo com a coordenação, por enquanto, será por ordem de chegada. Quando houver uma demanda definida, poderão ser agendados horários.

Raphael Magalhães iniciou os treinamentos aos 13 anos na pista do Friedenreich, hoje é profissional pelo Sesi de Santo André, disputa maratonas internacionais e busca índice para estar nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio no Japão.
Taça das Favelas: equipe da Vila Prudente representa a região

Começa neste sábado, dia 6, no campo do Centro Esportivo Vicente Feola, na Vila Manchester, a disputa da região Leste da Taça das Favelas. Depois de passar por 12 capitais brasileiras, o torneio amador de futebol será realizado em São Paulo pela primeira vez neste ano. A competição conta com a participação de 64 favelas para o torneio masculino e 32 na categoria feminina. A estimativa dos organizadores é mobilizar 20 mil jovens entre 14 a 17 anos.

Os times que disputarão o torneio saíram de uma triagem realizada em 240 comunidades. Participarão 32 equipes masculinas e 16 femininas. A região será representada pelo time masculino da Favela de Vila Prudente, que estreia neste sábado, dia 6, às 14h30, contra a Favela Vila São Pedro. O elenco local é formado por 25 jogadores, que serão orientados pelo treinador Leandro da Silva e pelo auxiliar Ivanildo Gonçalves.

“Mesmo com inúmeras limitações estamos bastante confiantes. Temos bons jogadores na equipe e todos estão motivados e focados. Representar a Vila Prudente será um grande desafio”, comentou o treinador Leandro da Silva.

Os jogos da fase inicial serão realizados nos campos do CE Vila Manchester (Zona Leste), CE Edson Arantes do Nascimento (Zona Oeste), CE Jardim São Paulo (Zona Norte), Estádio Municipal Jack Marin (Centro), e do CE Vila Guarani (Zona Sul).

O campeonato é organizado pela Central Única das Favelas (CUFA) e produzida pela InFavela. Em ambas as categorias (masculino e feminino), o sistema será de mata-mata. A partir das quartas de final os duelos serão formados a partir do desempenho das equipes, o melhor joga contra o oitavo, o segundo contra o sétimo, e assim por diante. Os campeões da Taça das Favelas, feminino e masculino, serão conhecidos no dia 1º de junho. A partida final acontece no estádio do Pacaembu.

Juventino pode adquirir ingresso para quartas de final na Javari
Jogadores do Moleque Travesso em comemoração de um dos gols na vitória de 3 a 2 diante do Nacional

 

Estão à venda os ingressos para a segunda partida do Juventus pelas quartas de final da Série A2 do Campeonato Paulista, no domingo, dia 7, às 10h, no estádio da rua Javari, contra o XV de Piracicaba. O primeiro jogo será nesta quinta-feira, dia 4, às 19h15, no estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba. O Juventus ganhou o direito de decidir o duelo em casa porque somou mais pontos que o adversário na primeira fase.

Na secretaria do clube, na rua Comendador Roberto Ugolini, 20, o ingresso é vendido todos os dias, das 9h às 19h. Também pode ser adquirido pela internet, no site: www.totalticket.com.br/evento/1747.  A cadeira coberta custa R$ 50 e a meia-entrada R$ 25. A arquibancada saí por R$ 20 e R$ 10 meia.

Caso ainda tenham ingressos disponíveis até domingo, serão vendidos na bilheteria do Estádio Conde Rodolfo Crespi, na Javari, duas horas antes do começo do duelo.
Já classificado, o Juventus enfrentou o Nacional no último domingo, dia 31, e venceu por 3 a 2. O resultado garantiu ao time da Mooca a quarta colocação na primeira fase da Série A-2, com 25 pontos. O XV de Piracicaba terminou na quinta posição, com 24 pontos.

Na primeira etapa, Juventus e a equipe de Piracicaba se enfrentaram no dia 18 de março e o time da Mooca levou a melhor. A partida aconteceu em Piracicaba e a equipe grená venceu de virada por 2 a 1. (Gerson Rodrigues)

Prefeitura desativa base do SAMU na região


Conforme a Folha antecipou, a Prefeitura desativou no final de março a base Água Rasa do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que ficava na confluência das avenidas Anhaia Mello e Salim Farah Maluf. Na manhã da segunda-feira, dia 1º, as três ambulâncias que operavam na unidade já haviam sido transferidas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, uma delas foi para a AMA Hermenegildo Morbin Júnior, no Jardim Independência – que não funciona 24 horas; outra para o Hospital Ignácio Proença de Gouveia (antigo João XXIII), na Mooca; e a terceira nem atende mais a região, foi para o Hospital Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara.

A medida – que vem gerando muita polêmica na cidade – atende portaria do prefeito Bruno Covas (PSDB), publicada no Diário Oficial no fim de fevereiro, determinando o fechamento de 31 das 58 unidades do SAMU de São Paulo. A administração municipal alega que o contrato dessas unidades modulares – que funcionam em contêineres alugados – foi encerrado para redução de gastos. A Prefeitura defende ainda que esse processo de realocação das equipes vai ampliar o atendimento para mais 70 pontos de apoio e vai retirar cerca de 150 funcionários do SAMU de funções administrativas e devolvê-los às operações de socorro.

Funcionários do SAMU rebatem as justificativas do governo. Argumentam que os serviços só foram descentralizados, sem aumento de viaturas. Reclamam também que muitos dos novos locais não oferecem condições de estrutura como as bases desativadas e que o atendimento à população será prejudicado. Na segunda-feira eles fizeram uma paralisação no período da tarde em protesto à decisão da Prefeitura, mantendo apenas os serviços emergenciais, conforme determina a lei. Eles pretendem negociar com o prefeito a suspensão da reorganização do serviço do SAMU e a reativação das bases. Caso não sejam atendidos, novas paralisações devem ocorrer.

Uma funcionária da extinta base Água Rasa ressaltou a estrutura que essas unidades ofereciam. “Ficavam em pontos estratégicos da cidade, com acomodações dignas e banheiros com chuveiro e vestiários. Contavam ainda com segurança, serviço de limpeza, copa para refeições e estacionamento amplo e coberto para a ambulância que precisa de espaço adequado para poder deslocar-se com brevidade ao atendimento”, relatou pedindo anonimato. Outros funcionários destacam que para o trabalho é essencial ter chuveiros à disposição, pois normalmente se sujam com sangue, secreções ou ficam cobertos de cacos de vidros para resgatar vítimas de acidentes de trânsito. E precisam estar limpos rapidamente para atender outras ocorrências, além de espaço adequado para esterilizar os materiais.

A vereadora Juliana Cardoso (PT), integrante da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, também critica a decisão da Prefeitura e afirma que a reorganização do SAMU será “uma economia irrisória que pode aumentar o risco de óbitos da população em situação de emergência”. “Do ponto de vista financeiro, a justificativa do prefeito Bruno Covas é descabida. Ele alega que vai economizar R$ 5 milhões no ano com o encerramento do contrato dessas bases. Representa 0,05% do orçamento de quase R$ 10 bilhões da Secretaria Municipal de Saúde. Será que é realmente necessário economizar esse recurso em um serviço tão essencial e que tem impacto direto na vida da população?”, destaca a vereadora.

Questionada sobre a desativação do serviço emergencial na região – que perdeu inclusive uma ambulância para o Jabaquara, a Secretaria não foi específica. Ressaltou apenas que os resultados das reorganizações das bases do SAMU poderão ser avaliados no decorrer dos próximos meses e que os problemas “relatados e manipulados pelo sindicato (dos funcionários) são exatamente aqueles que a descentralização ataca, buscando a melhoria do serviço”.

Questionada sobre a desativação do serviço emergencial na região – que perdeu inclusive uma ambulância para o Jabaquara, a Secretaria não foi específica. Ressaltou apenas que os resultados das reorganizações das bases do SAMU poderão ser avaliados no decorrer dos próximos meses e que os problemas “relatados e manipulados pelo sindicato (dos funcionários) são exatamente aqueles que a descentralização ataca, buscando a melhoria do serviço”.

Base Água Rasa

A base Água Rasa desativada pelo decreto do prefeito Bruno Covas estava situada em um ponto bastante estratégico: entre os principais corredores viários da região e que registram vários acidentes de trânsito. O mais recente deles aconteceu na madrugada do sábado passado, dia 30, na esquina da avenida Salim Farah Maluf com a avenida Vila Ema – a pouquíssimos metros de onde ficava a unidade de serviço emergencial. Por volta das 2h40, a colisão entre um caminhão e um automóvel resultou em uma vítima que faleceu no local. Várias viaturas dos bombeiros atenderam a ocorrência. O caso foi lavrado no 56º Distrito Policial – Vila Prudente.

No dia 3 de março, outro grave acidente envolvendo dois carros e um ônibus foi registrado no cruzamento da avenida Anhaia Mello com a avenida Jacinto Menezes Palhares – também muito próximo à base desativada. Foram necessárias três ambulâncias do SAMU, cinco do Resgate do Corpo de Bombeiros e o helicóptero Águia da Polícia Militar para socorrer as vítimas. 

Risco de invasão
Além da preocupação com a desativação do serviço emergencial, moradores do entorno e motoristas que passam pelo trecho questionam qual será a destinação do espaço. O trecho fica entre os viadutos do complexo viário da Anhaia Mello com a Salim Farah Maluf, que têm ocupações de sem-teto, e bem próximo do antigo imóvel da Padaria Amália, que também voltou a abrigar famílias.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que ainda está estudando o que fará com o espaço que foi cedido à pasta. (Kátia Leite)

 

Acidente na esquina das avenidas Salim Farah Maluf e Vila Ema na madrugada do último sábado, dia 30 – a poucos metros da base do SAMU fechada pela Prefeitura.