Metrô ainda não tem explicação para colisão de trens


Na noite da terça-feira, dia 29, por volta das 23h, dois trens da Linha 15 – Prata do monotrilho colidiram na estação Jardim Planalto, que ainda não foi inaugurada. Partes metálicas das composições despencaram na altura do número 9.920 da avenida Sapopemba. Quatro equipes do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para a ocorrência e de acordo com a Corporação, não houve vítimas. Poucas horas depois do ocorrido, o Metrô divulgou que abriu sindicância para apurar as causas do acidente. Era esperada a divulgação de um relatório preliminar ontem, mas não foi liberado. Os trens colididos continuavam na plataforma.

A Companhia explicou que, na noite do acidente, os dois trens estavam vazios – a Linha 15 opera sem maquinistas – e colidiram durante uma manobra. Um dos vagões seguia para uma área não operacional quando bateu no que estava parado. O Metrô informou que as informações dos trens e do sistema de comunicação e de sinalização estão sendo rigorosamente analisados para apuração das causas e levantamento das medidas a serem tomadas.

Além de descobrir os motivos do choque, os técnicos do Metrô precisam resolver ainda a melhor estratégia para conseguir remover com segurança os dois trens da plataforma da estação. De acordo com a assessoria da Companhia, até o final da tarde de ontem não havia previsão de quando a ação vai acontecer. O monotrilho fica a 15 metros de altura o que complica ainda mais a operação.

Como a estação ainda não foi aberta ao público, o acidente não atrapalhou a operação da Linha 15 no dia seguinte ao choque. O Metrô ressaltou que foram “transportados com segurança mais de 45 mil passageiros” no trecho entre Vila Prudente e Vila União na quarta-feira, dia 30.

A estação Jardim Planalto estava prevista para ser aberta junto com as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União em abril do ano passado. Na ocasião da inauguração das quatro estações, o então secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pellisioni explicou à Folha que a empresa contratada atrasou a obra e foi multada. Na época, a nova previsão divulgada para abertura era junho de 2018.

No fim do ano, por causa de mais atrasos no cronograma de obras, o Metrô rescindiu os contratos com a empresa Azevedo & Travassos e atualmente faz licitação para escolher nova empresa para concluir os trabalhos nas estações Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. (Kátia Leite)