Prefeitura não dá conta de tapar buracos na região

Em resposta aos questionamentos da Folha, a Prefeitura afirmou que entre janeiro e dezembro do ano passado foram tapados 4.437 buracos na região da Subprefeitura de Vila Prudente e outros 2.017 na área da Subprefeitura Mooca. Embora os números pareçam consideráveis, a média diária do serviço fica aquém do necessário. Conforme os dados divulgados, na Vila Prudente, que compreende área de 19,80 km² de extensão, foram reparados 12,3 buracos por dia e na Mooca, que possui área de 35,92 km², foram consertados apenas 5,6. A escassez do serviço resulta na esburacada situação de muitas vias da região.

Na avenida Cassandoca, na Mooca, importante acesso à Radial Leste, motoristas são surpreendidos com buracos em diferentes trechos há meses. Nas proximidades do cruzamento com a rua Tobias Barreto a reportagem contabilizou quatro crateras. “Todos os dias atendemos clientes que caíram em um destes buracos, durante à noite principalmente. Um colega já viu um motoqueiro perder o controle e cair. Por sorte não se feriu gravemente”, contou o frentista de um posto de combustíveis localizado no trecho, Josualdo de Assis.

Na rua dos Trilhos, também uma das principais vias do bairro, há um perigoso buraco na altura do número 1397. Comerciantes locais contam que já cansaram de registrarem reclamações na Prefeitura e o problema não é resolvido. “Posso afirmar que essa cratera está aberta há cerca de seis meses. Eu já registrei duas queixas no 156 e sei que o meu vizinho também, mas ainda não fizeram nada. Está perigoso. Quando percebem, os motoristas freiam ou desviam bruscamente, o que pode causar acidentes”, relatou o comerciante José de Almeida Soares.

Ainda na Mooca, na rua Fernando Falcão, esquina com a rua Lituânia, os motoristas também estão sendo surpreendidos com um grande buraco.
A situação é a mesma na área da Subprefeitura de Vila Prudente. Em dezembro do ano passado a Folha fez matéria apontando vários buracos no caminho dos motoristas e a diferença de lá para cá é que aumentaram de tamanho, já que a Prefeitura não se preocupou em tapar. Um dos exemplos, é na rua Serra do Pereiro, no Jardim Independência, bem próxima da sede da Subprefeitura, onde cratera na altura do número 132 continua atrapalhando a circulação dos veículos.

Na rua Salvador Mastropietro, na Vila Prudente, que já foi alvo de matéria recente, vários buracos continuam espalhados pela via, apesar de uma ação de tapa-buraco ter ocorrido recentemente.

A Secretaria Municipal das Subprefeituras informou que a Mooca e a Vila Prudente trabalharam em 2018, em média, com uma equipe de 10 pessoas em cada regional, utilizando cerca de 250 toneladas de massa asfáltica mensalmente. Foi ressaltado que para este ano as duas subprefeituras dobrarão o número de equipes e utilizarão cerca de 400 toneladas de massa asfáltica por mês. (Gerson Rodrigues)

Metrô ainda não tem explicação para colisão de trens


Na noite da terça-feira, dia 29, por volta das 23h, dois trens da Linha 15 – Prata do monotrilho colidiram na estação Jardim Planalto, que ainda não foi inaugurada. Partes metálicas das composições despencaram na altura do número 9.920 da avenida Sapopemba. Quatro equipes do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para a ocorrência e de acordo com a Corporação, não houve vítimas. Poucas horas depois do ocorrido, o Metrô divulgou que abriu sindicância para apurar as causas do acidente. Era esperada a divulgação de um relatório preliminar ontem, mas não foi liberado. Os trens colididos continuavam na plataforma.

A Companhia explicou que, na noite do acidente, os dois trens estavam vazios – a Linha 15 opera sem maquinistas – e colidiram durante uma manobra. Um dos vagões seguia para uma área não operacional quando bateu no que estava parado. O Metrô informou que as informações dos trens e do sistema de comunicação e de sinalização estão sendo rigorosamente analisados para apuração das causas e levantamento das medidas a serem tomadas.

Além de descobrir os motivos do choque, os técnicos do Metrô precisam resolver ainda a melhor estratégia para conseguir remover com segurança os dois trens da plataforma da estação. De acordo com a assessoria da Companhia, até o final da tarde de ontem não havia previsão de quando a ação vai acontecer. O monotrilho fica a 15 metros de altura o que complica ainda mais a operação.

Como a estação ainda não foi aberta ao público, o acidente não atrapalhou a operação da Linha 15 no dia seguinte ao choque. O Metrô ressaltou que foram “transportados com segurança mais de 45 mil passageiros” no trecho entre Vila Prudente e Vila União na quarta-feira, dia 30.

A estação Jardim Planalto estava prevista para ser aberta junto com as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União em abril do ano passado. Na ocasião da inauguração das quatro estações, o então secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pellisioni explicou à Folha que a empresa contratada atrasou a obra e foi multada. Na época, a nova previsão divulgada para abertura era junho de 2018.

No fim do ano, por causa de mais atrasos no cronograma de obras, o Metrô rescindiu os contratos com a empresa Azevedo & Travassos e atualmente faz licitação para escolher nova empresa para concluir os trabalhos nas estações Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. (Kátia Leite)