Um dos políticos mais combativos da história da região, Adriano Diogo (PT) pretende retomar a carreira política. Independente de mandato nos últimos quatro anos, ressalta que continuou empenhando nas demandas locais, como a luta por mais áreas verdes. Foi presença constante nos atos e reuniões em prol da preservação do terreno de quase 17 mil m² na Vila Ema, que abriga mais de 470 árvores, algumas delas remanescentes da Mata Atlântica.
A batalha pelo meio ambiente é uma de suas marcas. A implantação do Parque de Vila Prudente se tornou realidade quando Diogo foi secretário municipal do Verde e Meio Ambiente. Posteriormente, por iniciativa da comunidade em agradecimento ao seu empenho, o parque foi batizado com o nome de sua mãe, a professora Lydia Natalizio Diogo que lecionou na região. “A meta agora é conseguir ampliar a área do parque, anexando parte do terreno do crematório ao lado que já é utilizado como espaço de lazer pela população. O funcionamento da unidade funerária continuaria normalmente e as famílias teriam um acesso até mais reservado do que o atual”, explica Diogo que já apresentou a proposta ao Serviço Funerário e à Secretaria do Verde da Prefeitura.
Também foi através da influência de Diogo junto a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) que a população conseguiu detalhes do processo de descontaminação do antigo terreno da Esso, com quase 100 mil m² na Mooca, onde também se pleiteia a criação de um parque público.
Nascido em 1949, filho de uma professora e de um comerciante da Mooca, Adriano Diogo é formado em geologia pela USP. Em 1982, quando o PT conseguiu eleger cinco vereadores para a Câmara Municipal, passou a atuar como assessor da bancada. Quatro anos depois, nas eleições de 1988, se elegeu vereador e foi reeleito por mais três mandatos.
Diogo também soma mais dois mandatos na Assembleia Legislativa, quando participou da Comissão de Direitos Humanos e presidiu a Comissão da Verdade. “Foi um trabalho importantíssimo, a Comissão da Verdade de São Paulo deu a linha para a Comissão Nacional”, destacou durante visita ao jornal nesta semana. Em 2014 se candidatou à Câmara dos Deputados, mas confessa que estava tão envolvido com os trabalhos na Comissão que não conseguiu tocar a campanha e não se elegeu.
“Esses últimos quatro anos me mostraram que podia continuar atuante e lutando pelas causas que defendo, mesmo sem mandato. Acabou sendo um período que me fez bem e percebi o reconhecimento dos anos de trabalho sério: fui recebido na Prefeitura, no Ministério Público com a mesma atenção de quando era vereador ou deputado. Mas, a região precisa de representatividade”, ressalta. “Na Assembleia terei como convocar audiências públicas para apurar o que acontece nessa Linha 15 do monotrilho, que não funciona como deve para atender a população. Tenho como avaliar se as compensações ambientais dessa obra foram cumpridas, entre outras questões locais importantes”, afirma.