As secretarias municipal e estadual de Saúde decidiram antecipar o início da campanha nacional de vacinação contra paralisia infantil (poliomielite) e sarampo com um ‘Dia D’ extra que acontece neste sábado, dia 4, das 8h às 17h, em todas as unidades de saúde da cidade. A campanha será retomada na segunda-feira, dia 6, e se estende até 31 de agosto. No dia 18 está previsto outro ‘Dia D’.
A ação tem como público-alvo crianças entre 1 e 4 anos e 11 meses, que receberão as vacinas contra a poliomielite e a tríplice viral, que, além do sarampo, também imuniza contra a caxumba e a rubéola.
O esquema da vacina contra a poliomielite consiste em três doses aplicadas na criança menor de 1 ano (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e duas doses de reforço administradas aos 15 meses e aos 4 anos. Contra o sarampo, a primeira dose da vacina tríplice viral é administrada aos 12 meses e a segunda, aos 15 meses. Neste caso, é aplicada a vacina tetra viral, que também protege contra varicela.
A orientação é que os pais levem todas as crianças da faixa etária indicada ao posto de vacinação, mesmo que as já doses tenham sido recebidas no período correto. “A campanha é focada no público infantil e é imprescindível que os pais ou responsáveis levem as crianças para se vacinar. O objetivo é melhorar a cobertura vacinal, contribuindo para a redução do risco de reintrodução da poliomielite no país e da circulação do sarampo e rubéola em São Paulo”, orienta Maria Ligia Nerger, coordenadora do Programa Municipal de Imunizações.
Mais recomendações
Crianças menores de dois anos de idade não devem tomar simultaneamente as vacinas contra o sarampo e a febre amarela. É recomendável um intervalo de 30 dias entre as doses, sendo que a dose da campanha deve ser priorizada.
As vacinas contra o sarampo e a poliomielite são contraindicadas para pessoas que apresentam imunodeficiência congênita ou adquirida, como portadores de neoplasias malignas, submetidos a transplantes de medula ou outros órgãos, infectados pelo HIV; que estão em tratamento com corticosteroides em dose alta; ou que tenham alergia grave a algum componente da vacina ou dose anterior. Crianças com febre muito alta também devem evitar a aplicação.
A meta de imunização tanto para vacina contra o sarampo quanto para a poliomielite é de 95%, conforme determinação do Ministério da Saúde. O Brasil está livre da poliomielite desde 1989. Os últimos dois casos confirmados de sarampo no município de São Paulo foram registrados em 2015, ambos importados.
A ampla adesão à vacina é fundamental para que essas doenças continuem fora de circulação. No ano passado, o município teve cobertura de 84,8% de poliomielite e 86,1% para a vacina tríplice viral SRC (sarampo, rubéola e caxumba).