Trecho da avenida Oratório interditado até fevereiro

Moradores do Jardim Independência terão que ter muita paciência com o fluxo de veículos, inclusive de ônibus biarticulados, em vias residenciais. Desde 30 de setembro, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou trecho da avenida Oratório, próximo ao pátio de trens do monotrilho, para execução de galeria de águas pluviais da avenida. A obra está a cargo da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô como parte da compensação do pátio da Linha 15 que concretou uma ampla área verde do bairro, que antes servia para absorção da chuva. O grande problema foi a discrepância entre o prazo anunciado pela CET e o informado pelo Metrô nesta semana.

Em release divulgado à imprensa em setembro, além dos desvios necessários para a realização da obra, a CET divulgou que a interdição tinha duração prevista de 30 dias. Quem passa pelo trecho da avenida Oratório, constata que a obra está longe do término e principalmente, os moradores das ruas afetadas pelo desvio começaram a questionar o motivo do atraso. Eles estão preocupados com a movimentação de veículos pesados em vias que não foram projetados para esse fim e também reclamam do barulho dos coletivos à noite.

Questionado pela Folha, o Metrô alegou que é uma obra complexa e desde o início, o prazo estipulado é fevereiro de 2018. Conforme a reportagem apurou, a confusão na divulgação do prazo por parte da CET pode ter sido causada pelo Termo de Permissão e Ocupação Viária (TPOV) que é expedido por 30 dias, sendo renovável mensalmente.

Logo após a conclusão do pátio Oratório, vias que ficam na baixada do átrio de trens e não tinham problemas com enchentes, passaram a registrar alagamentos. O problema chegou até a atingir a própria avenida Oratório, em frente à Prefeitura Regional Vila Prudente.

Prefeitura anuncia obras contra cheias na região, mas sem prazos

Durante a apresentação do Plano Chuvas de Verão, a Prefeitura anunciou a realização de obras a curto e médio prazo para minimizar os alagamentos nos pontos mais recorrentes da cidade. Na região, está prevista uma nova galeria na rua Pindamonhangaba, em Vila Prudente, para auxiliar a captação do Córrego da Mooca, canalizado sob a avenida Anhaia Mello. De acordo com o governo municipal, o investimento será R$ 23 milhões e está em fase de captação de recursos.

Também foi destacado o Piscinão Mooca 2, previsto há anos para ser construído na esquina da avenida Anhaia Mello com a avenida Jacinto Menezes Palhares. O equipamento tem esse nome por causa do Córrego da Mooca e terá capacidade para armazenar 135 mil m³ de água. O investimento será de R$ 96 milhões, mas também está em fase de captação de recursos e assim como a galeria da rua Pindamonhangaba, não foram informados prazos para o início das obras.

“Nós temos várias ações em toda a cidade. São obras de canalização e piscinões, que atendem ao clamor da população”, disse o secretário municipal de Serviços e Obras, Marcos Penido. A prioridade da gestão é concluir as obras já iniciadas, por entender que nelas já foi investido dinheiro público sem que, até o momento, tenha revertido em benefícios à população.

Ipiranga

No último domingo, dia 26, o prefeito João Doria (PSDB) visitou as obras do piscinão do Ipiranga, o reservatório Riacho Ipiranga, na região da avenida Abraão de Moraes. Elas foram iniciadas em agosto e têm previsão de término no segundo semestre de 2019. Conduzida pelo Consórcio FBS/Coveg, faz parte de um conjunto de obras que será executado para minimizar os problemas de enchentes naquela região e está orçado em cerca de R$ 160 milhões, sendo R$ 122 milhões de repasses do Ministério das Cidades.

O reservatório é constituído por dois compartimentos com aproximadamente 13 metros de profundidade e capacidade conjunta para armazenar 200 mil metros cúbicos. Ele receberá as águas excedentes do Riacho do Ipiranga, do córrego Água Vermelha e do córrego Cacareco. (Kátia Leite)