Secretário anuncia Casa de Cultura na Prefeitura Regional VP

Na manhã de ontem, o secretário municipal de Cultura, André Sturm, esteve na sede da Prefeitura Regional Vila Prudente para conhecer as atividades culturais oferecidas para a comunidade no local. Acompanhado pelo prefeito regional Guilherme Kopke Brito, após percorrer pelas arborizadas alamedas do espaço, visitar o histórico casarão e as dependências da unidade, ele anunciou a criação de uma Casa de Cultura no espaço, cujo projeto consiste em promover à população, de forma gratuita, variadas oficinas, espaços de leitura, reflexão, entre outras atividades.

“Este local onde fica a Prefeitura Vila Prudente é privilegiado. Aqui nos sentimos em um parque e as dependências são totalmente favoráveis para receber uma Casa de Cultura. Vamos começar a trabalhar neste projeto hoje e no início do próximo ano a Casa será aberta à comunidade”, anunciou o secretário.

Durante a visita, Sturm acompanhou uma sessão de contação de histórias destinada para crianças de escolas municipais de educação infantil e a apresentação teatral de um grupo de terceira idade que ensaia semanalmente nas dependências da unidade.

“É muito interessante sentir que a vida cultural neste espaço é intensa. Com a Casa de Cultura vamos oferecer ainda mais atividades e apoiar as que já acontecem”, completou o secretário.

Segundo o prefeito regional, um dos seus objetivos é o de aproximar a comunidade ao histórico imóvel que abriga a sede da Prefeitura de Vila Prudente. “A população precisa usufruir deste privilegiado espaço. Cada vez mais realizaremos atividades e pretendo criar uma pista de caminhada aqui dentro”, declarou Brito.

Lideranças locais aproveitaram a ocasião para transmitirem ao secretário a antiga reivindicação de construção de um teatro no bairro e a insatisfação com o espaço destinado à cultura que foi projetado na obra do CEU Vila Prudente. “Vamos organizar uma reunião envolvendo a Secretaria Municipal de Educação para tratarmos do assunto”, prometeu Sturm.

Avenida na Mooca recebe 200 árvores

Integrantes do movimento Muda Mooca, que defendem a ampliação de áreas verdes na cidade, em parceria com a Prefeitura Regional Mooca e o projeto Verdejando da TV Globo, realizaram na segunda-feira, dia 18, o plantio de 200 árvores ao longo da avenida Henry Ford, na Mooca, que é considerado um dos bairros com menos áreas verdes de São Paulo.

De acordo com o responsável pelo movimento, Danilo Bifone, cerca de 30 voluntários participaram da ação ecológica. “Os trabalhos começaram por volta das 5h30 e terminamos às 14h. Plantamos Ipês e outras árvores nativas”, comentou Bifone.

 

Secretaria anuncia melhorias para saguão de AMA no hospital

Após a Folha divulgar matéria sobre as condições do saguão de espera da unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA 24 horas), que funciona anexa ao hospital municipal Doutor Ignácio Proença de Gouvêa, antigo João XXIII, na Mooca, a Secretaria Municipal de Saúde prometeu na última sexta-feira, dia 15, uma séria de melhorias para o local.

Segundo a Secretaria, já estão em implementação algumas ações para melhorar a estrutura de atendimento da recepção, como a reestruturação da cobertura da rampa de acesso e a instalação de portas de vidro. Foi ressaltado que, posteriormente, será realizada a readequação da capacidade elétrica do prédio e instalação de aparelhos de ar-condicionado. Foi esclarecido ainda que a sala de espera em questão oferta 45 assentos e local para acomodação de cadeiras de roda.

O órgão informou também que a equipe em serviço orienta e direciona o fluxo dentro da unidade, priorizando o atendimento conforme lei vigente, que inclui portadores de necessidades especiais, que são acolhidos conforme os protocolos da classificação de risco, avaliados pelos enfermeiros e direcionando-os aos consultórios médicos de imediato, quando necessário. A Secretaria acrescentou ainda que, além da questão estrutural, devido à crescente demanda, houve um aumento do quadro clínico e da pediatria aos domingos, segundas e terças-feiras, dias em que foi identificado o maior fluxo de pacientes, com o objetivo de reduzir o tempo de espera e agilidade nos atendimentos.

Conforme publicado pela Folha, usuários reclamavam que o saguão de espera é muito pequeno e, com a aglomeração de pessoas, a ventilação é insuficiente. Um dos reclamantes é o líder de supermercados, Fabio Klein, que no último dia 11 esteve na unidade acompanhando sua namorada e precisaram esperar o atendimento no estacionamento de ambulâncias.

Prefeitura não se entende para resolver infestação de taturana

A aposentada Elvira Faissola, de 91 anos, mora desde 1953 na rua Orfanato, em uma pequena vila de casas em frente à praça Ana Maria, na Vila Prudente. De acordo com ela, há alguns meses as árvores da praça Ana Maria estão infestadas de taturanas que acabam entrando nas residências. Apesar das solicitações de providências registradas na Prefeitura, o problema segue sem solução. Para piorar, há  mais de 15 dias a Folha tenta auxiliar a moradora e a reportagem é “empurrada” de uma secretaria para outra da Prefeitura.

“Todos os dias encontro taturanas nos cômodos da minha casa. Até no sofá já peguei algumas. Procuro a Prefeitura, peço uma dedetização na praça e nada é feito”, declarou Elvira.

A demora para providências pode ser explicada justamente pelo desentendimento entre os órgãos públicos. Após receber a denúncia no final do mês passado, a Folha entrou em contato com a Prefeitura Regional Mooca, a qual informou que o caso deveria ser transmitido ao Controle de Zoonoses, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde. A reportagem questionou o órgão que no último dia 31 informou que a demanda deveria ser encaminhada para a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Mas, nesta semana, esclareceu ao jornal que o problema deve ser solucionado mesmo pela Secretaria de Saúde, por meio da Zoonozes, pois as taturanas fazem parte do grupo de animais sinantrópicos, tratados pelo órgão.

A Folha voltou a questionar a Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve um posicionamento até o fechamento desta matéria. (Gerson Rodrigues)

Agressão e assalto no cemitério de Vila Alpina

O que deveria ser um momento de paz se transformou em um trauma na vida da moradora da Vila Ema, Udeli Alves dos Santos, de 48 anos. No último dia 29, uma terça-feira, em plena luz do dia, ela foi fazer uma oração no túmulo do irmão no Cemitério São Pedro, em Vila Alpina, e também pagaria a taxa de manutenção da necrópole. Porém, no percurso entre a campa e a administração da unidade foi abordada por dois homens que a agrediram e levaram a sua bolsa, com dinheiro, celular, documentos e pertences pessoais.

“Foi horrível! Eram dois moleques, um deles devia ter uns 13 anos e foi o mais violento. Ele me passou uma rasteira e cai com tudo sobre uns pedriscos, minha blusa até rasgou. Fiquei com as costas arranhadas e toda vermelha por mais de uma semana. Ainda estou com um hematoma no joelho”, relata Udeli quase 15 dias depois do ocorrido. “Estou indignada e resolvi expor o caso para ver se a Prefeitura toma vergonha e passa a cuidar direito daquele espaço. Cobram taxas da gente, mas recebemos descaso em troca”, argumenta.  “Além da agressão, estou muito sentida porque dentro da minha bolsa estavam o crucifixo de prata do meu falecido irmão, que sempre carregava comigo, e a imagem abençoada de uma santinha que tinha desde pequena”.

Ela registrou boletim de ocorrência no 29º Distrito Policial – Vila Diva. “Só consegui ir depois à delegacia. No dia eu só chorava. Fui socorrida por uma mulher que me encontrou caída. Ninguém do cemitério veio me ajudar. Essa senhora que me auxiliou, chegou a ligar para a Polícia Militar, mas esperamos um tempão e nenhuma viatura apareceu”, conta.

Com o irmão falecido há um ano e 11 meses, Udeli afirma que vai semanalmente ao cemitério e só encontra a Guarda Civil Metropolitana em datas especiais, como Finados. “Não adianta ter viatura parada apenas para se exibir em datas com grande presença de pessoas. Enquanto isso, nos outros dias, os bandidos aproveitam para se esconder no local e assaltar tranquilamente”, reclama. “Depois do assalto, tive que voltar no sábado seguinte ao cemitério para pagar a taxa, porque o dinheiro que eu usaria foi roubado, e também não vi guarda”.

A Folha já publicou casos de pessoas que param seus veículos dentro do estacionamento do cemitério para participarem de velórios e quando retornam, encontram os carros sem rodas. Nesta semana, a reportagem também foi informada que esses furtos continuam ocorrendo rotineiramente.

Questionada duas vezes por e-mail sobre a falta de segurança no cemitério, o Serviço Funerário do Município não se pronunciou até o fechamento desta matéria.

A Inspetoria Regional de Vila Prudente da Guarda Civil Metropolitana garantiu que são realizadas rondas diuturnamente no cemitério e áreas adjacentes e que aos finais de semana é realizado policiamento fixo com servidores de Atividade Delegada “quando há voluntários” – ressalta a nota. Não foi explicado porque depende de voluntários. Foi informado ainda que nos últimos 60 dias foram realizadas aproximadamente 125 rondas no local. A Guarda Civil também não explicou quanto tempo em média dura cada ronda. Diante do caso relatado, não houve menção de que haverá aumento do patrulhamento no local. (Kátia Leite)

 

 

Saguão de AMA em hospital não suporta a demanda

Pacientes do hospital municipal Doutor Ignácio Proença de Gouvêa, que muitos ainda chamam de hospital João XXIII, na Mooca, reclamam da situação estrutural do saguão de espera da unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA 24h), que funciona anexa ao hospital. Segundo eles, o local é muito pequeno e, com a aglomeração de pessoas, a ventilação é insuficiente. Muitos usuários, inclusive portadores de necessidades especiais, são obrigados a aguardar o atendimento no estacionamento de ambulâncias, o que dificulta a visualização das senhas anunciadas no único painel eletrônico de atendimento existente.

Entre as reivindicações dos pacientes estão a ampliação do saguão de espera para garantir a acomodação das pessoas, melhoria na ventilação e a instalação de mais um painel para que os usuários que estão do lado de fora consigam visualizar as senhas anunciadas.

Na última segunda-feira, dia 11, o líder de supermercados Fabio Klein esteve no local acompanhando a sua namorada, Mary Passos, que estava com crise de enxaqueca. Ele conta que chegaram na unidade por volta das 13h e o atendimento foi finalizado às 18h30. “Ficamos mais de cinco horas no hospital e muito mal acomodados. Não havia lugar para sentar devido ao grande número de pessoas no saguão de atendimento e poucos assentos. O acúmulo de pessoas também ajudou a aumentar a temperatura do ambiente. Embora o local conte com uma parede aberta, a ventilação é insuficiente. Pessoas doentes podem piorar enquanto aguardam atendimento devido ao calor”, contou Klein, que permaneceu grande parte do tempo no estacionamento de ambulância, que fica ao lado da sala de espera. “O espaço necessita de uma ampliação urgente. Vários pacientes são obrigados a permanecerem onde ambulâncias e carros fazem manobras. Além de estarmos mal acomodados quase não conseguíamos acompanhar o painel de controle de senhas”, comentou com indignação.

Klein conta que já procurou alguns vereadores da região, mas, até o momento, nenhum concentrou esforços para ajudar a resolver o problema. “Onde estão os vereadores que foram eleitos pela região que não enxergam este problema e não aparecem no hospital?”, questiona.

A Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e cobrou providências quanto aos problemas indicados, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. (Gerson Rodrigues)

Serviço Funerário nega cessão de espaço ao parque

A atual gestão do Serviço Funerário Municipal acaba de se manifestar de forma contrária a proposta de incorporação da área gramada de 20 mil m² situada em frente ao Crematório de Vila Alpina ao Parque Professora Lydia Natalízio Diogo, conhecido como Parque Ecológico de Vila Prudente.

O pedido de informações partiu do mandato da vereadora Juliana Cardoso (PT) e foi endereçado em maio à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. A pasta não se opôs à proposta, mas o Serviço Funerário rejeitou a cessão da área. No ano passado, tiveram início estudos e entendimentos entre os dois órgãos para anexar essa área ao parque, atendendo a solicitações de frequentadores do local.

No ofício, o Serviço Funerário alega que “não tem qualquer interesse em prosseguir com a referida ‘doação’, uma vez que, conforme o edital de chamamento para concessões, a área proposta faz parte do Bloco 4”.

Essa área em frente ao estacionamento do crematório se tornou polêmica e insegura. Adolescentes e até adultos a utilizam com bastante frequência para empinar pipas com linhas cortantes. O local também é usado de forma irregular para adestramento de cães e até mesmo como “depósito” para abandono de animais de estimação.

Pela proposta de 2016 do Serviço Funerário o estacionamento do crematório seria cercado e isolado por gradil da área a ser incorporada. Já o atual portão de entrada seria remanejado para o lado oposto na divisa com o Cemitério São Pedro, onde hoje funciona somente a saída de veículos.  No total, o parque passaria a ter 80 mil m².

Segundo o Serviço Funerário havia até um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com empresa encarregada para plantio de árvores nessa parte do Crematório. Também estava cogitada a realização de melhorias como instalação de bancos, mesas, aparelhos de playground e de ginástica, além de pista de caminhada e guarita de vigilância. Os entendimentos, porém, não foram concluídos no ano passado. (Colaboração/ André Kuchar)

CET promete projeto para melhorar o tráfego na rua Giestas

Moradores e motoristas que passam pela rua Giestas, na Vila Bela, reclamam da falta de fluidez do trânsito na via, principalmente no trecho entre as ruas Ibitirama e das Roseiras. Segundo eles, são frequentes os entraves entre carros, caminhões e ônibus que acabam bloqueando o tráfego no trecho. Um dos principais motivos do problema relatado são os carros estacionados nos dois sentidos da via, os quais diminuem o espaço para a passagem dos veículos.

“Em vários momentos o trânsito trava e os condutores são obrigados a realizarem manobras. Carros precisam parar para ônibus ou caminhões passarem, mas quando coincide de dois ônibus, em sentidos contrários, passarem pelo mesmo trecho o tráfego para”, contou o lojista Amauri Figueroa que reside na via há 20 anos.

Quem também critica o trânsito na via é o funcionário de uma empresa de manutenção de equipamentos domésticos, Ronaldo Silva Santos. “Um ônibus já amassou meu carro, que estava parado, porque não tinha espaço para passar. Depois que construíram alguns condomínios na via a situação piorou. Muitos carros são deixados na rua e isso acaba atrapalhando o tráfego”, comentou Santos.

Além da questão do estacionamento nos dois lados da rua, que para algumas pessoas deveria ser regulamentado, há quem acredite que transformar a via em mão única também pode facilitar a fluidez. “A rua Giestas deveria apenas seguir sentido à rua Costa Barros ou ao contrário. Assim, a rua Ciclames, que é paralela, seguiria no sentido oposto”, declarou o morador da rua Giestas, Amauri Rossi.

A Folha entrou em contato com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que informou que, após vistoria no local, os técnicos vão elaborar projetos de sinalização para melhorar as condições de fluidez e a segurança no trecho entre as ruas Baunilhas e Ibitirama. A Companhia irá avaliar a possibilidade de proibição de estacionamento no lado par da via, além de promover o recuo da faixa de retenção da rua Giestas, junto à rua Ibitirama, de modo a favorecer a conversão dos veículos de grande porte. Foi ressaltado que solicitações de melhoria na sinalização podem ser encaminhadas à CET pelo telefone 1188 ou através do site www.cetsp.com.br .(Gerson Rodrigues)

Prefeitura autua hospital por poda irregular de árvores

No último dia 31, após receber denúncia de integrantes do movimento Muda Mooca, que defendem a ampliação de áreas verdes na cidade e plantam árvores de forma voluntária na região, a Prefeitura Regional Mooca autuou o hospital Sancta Maggiore, que pertence a Prevent Senior Private Operadora de Saúde. Para a ampliação das instalações, a unidade de saúde localizada na rua Tamarataca, 121/127, Mooca, podou de forma irregular quatro árvores que ficam na calçada do imóvel.

Segundo o responsável pelo movimento, Danilo Bifone, o caso veio à tona depois de dezenas de pessoas postarem relatos de indignação na página do grupo nas redes sociais. “Levamos as denúncias à Prefeitura Regional Mooca e, em pouco tempo, uma equipe de fiscalização apareceu no local e certificou-se que o serviço foi realizado sem autorização. Eles autuaram e multaram o hospital por poda irregular”, contou Bifone.

A Folha entrou em contato com a Prefeitura Regional que confirmou a ilegalidade na realização do serviço e a aplicação de multa. Segundo o órgão, as árvores serão recompostas de forma natural e o caso foi encaminhado ao Departamento de Parques e Áreas Verdes do Município (DEPAVE), que acompanhará o desenvolvimento das espécies.

A reportagem procurou a Prevent Senior, a qual informou que não tem conhecimento de quem podou ou autorizou a poda nas referidas árvores. Foi ressaltado que o imóvel em questão está em reforma pelo proprietário, e a Prevent Senior, que é locatária, ainda não foi imitida na posse, ou seja, ainda não ocupou o espaço.

É proibido remover e podar qualquer árvore da cidade, em locais públicos ou privados, sem avaliação e autorização da Prefeitura. Quem flagrar uma ação irregular pode acionar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) Ambiental pelo telefone: 153.

 

 

 

 

Pontos históricos da Mooca são tombados pela Prefeitura

No último 18 de agosto – um dia após o tradicional bairro da Mooca completar 461 anos – a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura, publicou no Diário Oficial do Município homologação que tombou de forma definitiva 32 bens históricos da cidade, entre eles, cinco na Mooca.

Em processo de análise desde 2004 no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (CONPRESP), os locais da região incluídos na lista são: o ; o prédio do Cotonifício Crespi, entre as ruas Taquari e Javari; o prédio do Centro de Educação Infantil (CEI) Divina Providência, que fica entre as ruas da Mooca, Wandenkolk e Coronel Bento Pires; e as travessias da estrada de ferro próximo ao Museu da Imigração e da estação Mooca da CPTM. A indicação destes locais foi feita pela comunidade em 2004 nas audiências do Plano Regional Estratégico que definiram as Zonas Especiais de Preservação Cultural (ZEPEC).

Na publicação da Prefeitura constam critérios de preservação distintos para os bens envolvidos. Na região, tanto para o estádio, como para os prédios do Cotonifício Crespi e do CEI, está especificado que a conservação deve ser das características arquitetônicas externas. Já em relação às duas travessias da estrada de ferro, a preservação deve ser integral de todos os elementos.

Para a jornalista Elizabeth Florido, defensora do patrimônio histórico da região, a decisão da Prefeitura ficou legada apenas a uma cenografia de recortes externos, o que é muito pouco diante do que a Mooca ainda possui de patrimônio cultural. “Uma preocupação é com o Cotonifício Crespi, pois para o local consta apenas a preservação externa, o que é um contrassenso, já que anos atrás lutamos e conseguimos barrar a destruição que o grupo ocupante iria fazer e não foram tiradas uma das torres, a volumetria e as vigas de aço, que são itens internos”, declarou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, as tipologias arquitetônicas indicadas para o tombamento contribuem para a identidade da paisagem urbana paulistana, além de possuírem valor afetivo reconhecido pela população local.

Na publicação da Prefeitura alguns locais indicados pela comunidade em 2004 foram excluídos do tombamento definitivo por não apresentarem valores significativos para a preservação. Entre eles estão: o imóvel da Pizzaria São Pedro, entre as ruas Javari e Visconde de Laguna; e residências nos números 1234 e 1236 da rua dos Trilhos. (Gerson Rodrigues)

Prédio do Centro de Educação Infantil (CEI) Divina Providência, que fica entre as ruas da Mooca, Wandenkolk e Coronel Bento Pires
Estádio Conde Rodolfo Crespi, do Clube Atlético Juventus, na rua Javari