Em 2010 foram iniciadas as obras do Pátio Oratório da Linha 15 – Prata do monotrilho, na altura do número 1000 da avenida do Oratório, no Jardim Independência. Desde então o asfalto da via nunca mais foi o mesmo. Segundo comerciantes e moradores da redondeza, a intensa movimentação de pesados caminhões que entravam e saiam do terreno do pátio provocou os problemas no pavimento, que está repleto de ondulações, desníveis, rachaduras e buracos.
“O meu comércio funciona há mais de 30 em frente ao antigo terreno da Linhas Corrente, que agora abriga o pátio do monotrilho. Não me lembro de ter visto o asfalto tão ruim como agora. Para improvisar foram realizados alguns tapa-buracos, mas o serviço acabou piorando a situação. A via ficou repleta de ondulações. Precisa de recapeamento completo”, afirma o comerciante Silvério Ruiz.
Além dos buracos e ondulações, o trecho também já teve muita terra oriunda da obra e que tomava conta da via. “Sofremos bastante durante o período de obras. A terra e a poeira invadiam as casas e os estabelecimentos. Agora o asfalto está ruim. O mínimo que deveria acontecer era algum tipo de compensação, o recape da avenida”, comenta Carla Danov, moradora da rua Elísio Medrado, que fica quase em frente ao portão principal do pátio.
A Subprefeitura de Vila Prudente informou que o trecho tem que ser recapeado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, por conta das obras do monotrilho. Foi ressaltado que a Companhia está ciente e as providências já foram solicitadas.
Nesta semana, o Metrô esclareceu que as obras de recuperação do pavimento da avenida, entre as ruas Santana do Araguaia e a confluência com a avenida Secundino, no entorno do pátio, serão realizados apenas entre os meses de março e setembro do ano que vem, assim como os serviços de recomposição da sinalização horizontal, drenagem e outras melhorias.
Esse monotrilho, mas conhecido na Vila Prudente como monolixo, foi uma obra eleitoreira do então governador José Serra, que almejava chegar ao Palácio do Planalto, e empurrou esse troço goela baixo dos moradores da região.
E como o governo do Estado não consegue tocar as obras do trenzinho, estas vão se arrastando por anos a fio.
Só para a construção do pátio, o governo do Estado destruiu metade da área verde da antiga Linhas Corrente. Curioso que o poder público vetou a construção no terreno de um shopping e supermercado pretendido pelo Grupo Zaffari, que adquiriu o local há anos, justamente alegando que a área verde deveria ser preservado, mas pra construir essa droga de Pátio ninguém reclamou. Durma-se com um barulho desses.