Em novembro do ano passado, quando ocorreu o desmoronamento da ponte na alça de acesso da avenida Anhaia Mello com a avenida Dr. Francisco Mesquita, sob o viaduto Grande São Paulo, em Vila Prudente, a Prefeitura informou que os trabalhos de reconstrução levariam seis meses, segundo estipula a lei 8666/93. O prazo venceu em maio e, segundo funcionários da obra ouvidos pela Folha, os serviços devem se estender por no mínimo mais dois meses. Questionada pela reportagem nesta semana, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (SIURB) esclareceu que a obra começou efetivamente um mês após a queda e, portanto, os 180 dias para a entrega dos trabalhos terminam em junho. No entanto, essa nova informação contraria os prazos divulgados anteriormente pela Prefeitura.
Sobre o atual estágio da obra, a Secretaria informou que a ponte já está com todas as vigas lançadas e encontra-se em fase de acabamentos. Foi ressaltado ainda que os trabalhos começaram um mês após a queda porque foi preciso aguardar a remoção dos escombros que caíram no rio Tamduateí. No entanto, em março deste ano, quando a Folha publicou matéria sobre o andamento das obras no local, a SIURB esclareceu que a remoção da ponte desabada aconteceu logo em seguida à queda e durou cerca de uma semana, iniciando na sequência os trabalhos de reconstrução.
A reportagem da Folha esteve no canteiro de obras e conversou com alguns operários. De acordo com eles, os serviços devem durar pelo menos mais dois meses. “As vigas da ponte já foram implantadas e agora estamos nivelando as vias de acesso que precisaram ser elevadas. Pelo jeito a conclusão deve acontecer entre o final de julho e o início de agosto”, comentou um funcionário da empresa contratada. A rua que faz a ligação com a ponte reconstruída precisou ser reformada e erguida para alcançar o atual nível do novo equipamento viário.
O pontilhão era bastante utilizado e a falta do acesso vem causando transtornos na região. “Os moradores da comunidade reclamam bastante, pois dificultou o acesso ao lado do Ipiranga e do ABC, onde várias pessoas trabalham. Todos são obrigados a utilizar o viaduto Grande São Paulo, que é muito movimentado e perigoso”, comenta o presidente da Associação dos Amigos da Favela de Vila Prudente, Aparecido Augusto de Souza.