Histórico massagista do Clube Atlético Juventus, onde trabalhou por 62 anos, Elias Pássaro faleceu em sua casa no bairro da Mooca, na madrugada da última terça-feira, dia 26, aos 87 anos. Segundo familiares, ele sofreu uma parada cardíaca enquanto dormia.
Nascido na Mooca em 1928, de tradicional família italiana, Elias Pássaro era técnico de enfermagem e farmacêutico. Começou a trabalhar como massagista das equipes de futebol do Juventus em 1953, cargo que exerceu por 40 anos. Desde 2002, após a morte da sua esposa Aida Pássaro, passou a ocupar a função de auxiliar de enfermaria no estádio Conde Rodolfo Crespi, na rua Javari.
Ao longo da carreira no futebol vivenciou muitos momentos históricos, como o gol que é considerado o mais bonito da carreira de Pelé, marcado em agosto de 1959 na Javari. “Ele não estava jogando bem e o estádio inteiro o provocava. Eu virei para o lado e falei: a fera está quieta é melhor não provocar. Foi quando ele pegou a bola no campo de defesa do Santos e saiu driblando todo mundo, chapelou três e quando o Mão de Onça (goleiro do Juventus) foi com tudo pra cima dele, jogou para o lado, passou por baixo e fez um golaço”, contou Pássaro na última entrevista concedida à Folha em junho de 2.012.
Atualmente ele morava com a segunda esposa, Eunice Leite Vilela Pássaro, a enteada Andréia e a filha dela, considerada como neta por Pássaro. Ele deixou ainda o filho Marcos Pássaro, do primeiro casamento, e mais três netos.
O sepultamento de Pássaro aconteceu na quarta-feira, dia 27, no cemitério Quarta Parada.