A Subprefeitura Mooca recebeu a sessão pública do programa Câmara No Seu Bairro no sábado, dia 3. O evento, realizado em uma universidade no Tatuapé, reuniu cerca de 200 pessoas e foi acompanhado pelos vereadores Adilson Amadeu (PTB), Adolfo Quintas (PSDB), Andrea Matarazzo (PSDB), Edir Sales (PSD), Mario Covas Neto (PSDB), Marquito (PTB), Ota (PROS), Quito Formiga (PR), Salomão Pereira (PSDB) e Toninho Paiva (PR). O secretário municipal de Relações Governamentais, José Américo, também esteve presente.
Entre as principais manifestações, os moradores pediram mais atenção à zeladoria dos distritos, às áreas veres e ao atendimento aos moradores em situação de rua. A Subprefeitura Mooca é responsável pelos distritos de Água Rasa, Belém, Brás, Mooca, Pari e Tatuapé, que abrangem mais de 340 mil pessoas.
Para a moradora Maria Inês Chagas existe muita sujeira nas ruas. “Falta zeladoria. O lixo é gerado pelo comércio irregular nas calçadas e por carroceiros, que vivem pelas ruas. A praça Senador Morais Barros e a região do viaduto Bresser, por exemplo, estão sempre sujas”, disse.
O atendimento aos moradores de rua também foi bastante questionado. A empresária Sueli Lopes, moradora da Mooca há 67 anos, reclamou que as tendas da Prefeitura que atendem a população de rua embaixo dos viadutos Bresser e Piratininga trazem insegurança aos moradores. “Além dos assaltos que estão ocorrendo, já tivemos quatro tentativas de estupro. E, pelas vestes dos indivíduos que assaltam, podemos perceber que são pessoas que vêm da tenda. Esperamos que não deixem essas áreas serem invadidas”, afirmou.
A professora Antonia de Freitas também se manifestou sobre a questão das tendas. “Essas tendas têm custo caro e atraem pessoas que se acomodam na região, também precisam de mais atenção da zeladoria do município. Esta favela que se criou ao lado da estação de metrô Bresser/Mooca está instalada sobre os dutos de gás da região, onde usam árvores como varais, acumulam entulho e lixo”, expôs.
O vereador Adilson Amadeu afirmou que está se empenhando para ajudar a resolver a situação. “Essas pessoas precisam de atendimento. Estive com a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer , e ela prometeu que até o fim deste mês serão encaminhadas para um abrigo que acolherá mais de 800 pessoas por dia com condições melhores”, informou.
A fundadora do Movimento Mooca Verde, Adriana Paula Zveibil, cobrou a implantação de um novo parque para diminuir o déficit de áreas verdes da região. “A Mooca é uma lugar que precisa dessa melhoria, estamos lutando pelo parque no antigo terreno da Esso, o parque do IAPI, entre outros lugares. Isso fará com que melhore a qualidade de vida neste território, pensando na saúde da população que tem alto índice de doenças respiratórias em função da poluição”, ressaltou.
Sobre o terreno de mais de 100 mil m² que pertenceu a Esso, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) explicou que existe interesse da iniciativa privada para o investimento. “Acho que seria o melhor caminho para isso, porque a própria empresa tem interesse em transformar parte do terreno em parque e asseguraria manutenção e vigilância do espaço”, afirmou.
O subprefeito Evando Reis destacou que a subprefeitura vem se empenhando para atender a população da melhor forma, mas, além da falta de recursos, existem demandas, como as de recapeamento e áreas verdes, que não dependem da unidade. “Essa oportunidade dos moradores apontarem os problemas pode fazer com que os vereadores contribuam com nosso trabalho. Fazemos tudo que está em nosso alcance, mas dependemos do orçamento que é aprovado”, explicou.
O secretário José Américo Dias esclareceu que todas as demandas levantadas pelos moradores no Câmara no Seu Bairro são analisadas e encaminhadas às secretarias responsáveis. “As reivindicações que mais se destacam, como a questão da ocupação no viaduto Bresser e a preservação das áreas verdes ameaçadas pelo interesse imobiliário, são discutidas diretamente com o prefeito para pensarmos em soluções”, afirmou.
Na Vila Prudente o evento está marcado para o dia 17, às 9h30, no Colégio João XXIII.