Há exatos 33 anos, o jornalista ítalo-brasileiro Mino Carta escrevia célebre livro de crônicas cujo título empresta seu nome a este artigo. Mais um que busca mostrar um pouco do sentimento de ser mooquense. Lá ele discorre sobre gente anônima, homens e mulheres que são os verdadeiros protagonistas que fizeram o bairro da Mooca ser tão querido e enaltecido em verso e prosa. Protagonistas de uma história que não pára nunca de ser escrita e pouco a pouco, conhecida, mesmo com os deslizes típicos de quem conta a história por determinado viés ou ponto de vista. Ali, são lembrados o “barbeiro da Rua da Mooca”, “Fortunata e seu molho à bolonhesa com pimentão”, saudosos bailes em que figuras como “Tak Gianni” emprestavam suas vozes de sopranos e tenores, “para o deslumbramento dos oriundi”, e a orquestra sabia dar o tom de bolero e Fox-trote esperados.
A aposentada Jesuína Cardoso Manzione, 82 anos, sofreu de depressão por anos, desmotivada quase não saía de casa e, ouviu do médico, que se não se tratasse, poderia morrer em breve. Foi nessa época que Jesuína conheceu e começou a frequentar as atividades oferecidas pela Sociedade Amigos de Vila Alpina (Savalp), na rua Barão de Itapoá, 67, e, desde então, aconteceu uma positiva revolução em sua vida. “Conheci muitas pessoas, aprendi a dançar, cantar, comecei a viajar e, com isso, meu astral melhorou muito e praticamente me curei da depressão”, afirmou. Ela é uma das 140 pessoas que participam do Núcleo de Convivência de Idosos da entidade que podem perder a valiosa opção de lazer e saúde. As atividades oferecidas pela Savalp estão com os dias contados, pois o governo municipal não renovará o convênio que dura há 18 anos e se encerra no final do mês. É o contrato com a Prefeitura que garante verba mensal para manter as variadas oficinas, como ginástica, coral, pintura, dança, jogos, bordados, costura, yoga, pilates e entre outras.
Com o intuito de reduzir a velocidade dos veículos e proporcionar segurança a pedestres e motoristas, algumas lombadas em vias da região estão causando efeito contrário. Devido à falta de sinalização – a pintura que alerta para a existência da lombada -condutores são pegos de surpresa e, além de danificarem os veículos, correm o risco de causarem acidentes por conta de freadas bruscas.
“São Paulo precisa ter um olhar diferente, de alguém que goste da cidade e queira ser prefeito só dela, como acontece em grandes metrópoles do mundo, onde o político se dedica exclusivamente à cidade e não fica cobiçando outros cargos. Meu sonho é poder ser uma referência de ter transformado São Paulo, afinal foi a casa que propiciou tudo que a minha família conseguiu e construiu”, afirmou o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) durante palestra na noite da segunda-feira, dia 17, no salão nobre do Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, que recebeu autoridades, lideranças e moradores da região.
Pelo teatro municipal da Mooca, inaugurado em agosto de 1952, já passaram gerações que cresceram rindo e se emocionando com as tramas desenroladas no palco, mas estavam órfãs desde 2011 quando foi fechado às pressas porque, além de problemas técnicos, oferecia riscos aos funcionários, público, atores e demais membros das companhias teatrais. Mas, além da reforma estrutural, o teatro, cujo prédio projetado pelo arquiteto Roberto Tibau é tombado como exemplo de arquitetura modernista em São Paulo, também precisava de modernização.