No dia 26 de abril, Fernanda Freitas, de 34 anos, trabalhava normalmente como tosadora em um pet shop de Santo André, quando sofreu um ataque que mudou a sua vida. A moradora da rua Jabotical, na Mooca, secava um cachorro, quando o animal a atacou de forma violenta. Ela teve boa parte do nariz arrancado e já passou por duas cirurgias de reconstrução, levando mais de 200 pontos.
“Era um cão sem raça definida, mas, que acredito seja mestiço com Akita, um animal de médio porte. Eu tosei, lavei, escovei os dentes e ele não esboçou nenhuma reação. Não rosnou, não latiu. Quando estava terminando de secá-lo, o peguei no colo com todo cuidado, para levá-lo para a mesa, e continuou quieto. No meio do caminho se virou e atacou meu rosto, arrancando o nariz e pegando parte do supercílio”, relembra a tosadora.
Fernanda não tinha noção da gravidade dos ferimentos até chegar ao hospital. “Eu sabia que tinha sido feio, mas eu não lembro muito bem do que ocorreu depois das mordidas. Outra funcionária do pet shop só me falava para eu pressionar um pano contra o rosto porque estava sangrando muito. Só soube o que tinha acontecido de fato quando o médico me atendeu. No dia seguinte já passei por cirurgia. Tiveram que fazer enxerto com a pela da minha testa e cabeça, já que o pedaço arrancado pelo cachorro estava com muitas bactérias”.
Depois do atendimento de urgência, Fernanda teve que voltar com frequência ao hospital para tratar da ferida. “Fiquei mais de 20 dias com o crânio exposto, para a realização da segunda operação, que ocorreu no último dia 23. Eu chorava de dor. Ia ao hospital de dois em dois dias para a troca do curativo, procedimento esse que só conseguia fazer sob o efeito de morfina. Tomo oito remédios por dia por conta do incidente”, explica.
A tosadora, que recebeu a reportagem da Folha em sua casa, onde tem três gatos e um cachorro, todos resgatados da rua, faz um alerta para os profissionais da área: “Adoro animais e sempre sonhei em trabalhar com eles. E, mesmo depois do ocorrido, pretendo voltar a prestar este serviço. Mas, todo profissional de pet shop sabe que, na maioria das vezes, o dono fala que o animal é manso, que usar a focinheira é um absurdo, só que na prática o cachorro é agressivo, como aconteceu comigo. Então, não tem como pressentir o que pode acontecer, tem que ficar atenta a todo momento e usar sim a focinheira, para evitar que tais acidentes se repitam”.
Para finalizar, Fernanda, que mora de aluguel com o marido e depende do salário para se sustentar, ressalta que está à procura de uma ajuda de custo em quanto não se recupera totalmente. “Não sei por quanto tempo vou ter que ficar em casa e as contas vão ficar apertadas, pois não era registrada e ainda não sei se o pet shop me prestará toda a assistência necessária. Por isso quero fazer o que conseguir. Se alguém puder me empregar para telemarketing, ou algo que eu possa fazer sem sair da minha residência, eu agradeço”.
Quem quiser entrar em contato com Fernanda Freitas pode enviar e-mail para nandaf2006@yahoo.com.br.
Fernanda precisa procurar um advogado trabalhista imediatamente. Você não pode ficar à maercê da boa vontade do empregador, exija seus direitos. Estou à disposição.
Concordo plenamente. Como também pode até caber uma ação contra o proprietário do petshop e o dono do animal pleiteando uma indenização destes sobre o ocorrido.
So espero que tudo isso termine bem..