Como adiantado pela Folha na semana passada, os agentes de Controle de Zoonoses esperavam resposta da Prefeitura sobre possível aumento de salário para decidir se entrariam em greve. Como a proposta de reajuste de cerca de 8,5% foi negada pela administração municipal, os funcionários paralisaram os serviços na última terça-feira, dia 27. Entre outras funções, eles são responsáveis pelo combate à dengue, cujos casos continuam aumentando na cidade. Outros servidores públicos também aderiram à greve nesta semana por melhores salários.
“São diversos setores que trabalham para a Prefeitura e necessitam do reajuste e ele nunca vem. Quase todos os agentes de Zooneses estão parados, assim como boa parte dos funcionários de bibliotecas. A adesão também é grande nos servidores da Assistência Social. Hoje (quinta, dia 29) também iremos em algumas subprefeituras, onde parte dos serviços já estão parados, para pedir aos trabalhadores das praças de atendimento que também entrem em greve”, comentou o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Sérgio Antiqueira.
“Fizemos uma manifestação na frente da Prefeitura na terça-feira e não fomos atendidos. Os servidores não têm aumento há anos e isso está amparado por uma lei salarial que queremos derrubar. Existe inflação e os salários não estão sendo reajustados. Ninguém aguenta mais”, destacou o presidente do Sindsep.
A reportagem questionou as subprefeituras da região sobre a paralisação. A Subprefeitura Mooca informou que tem cerca de 300 funcionários e até o final da quarta-feira, não registrou greve. A Subprefeitura de Vila Prudente não se posicionou.