Na terça-feira, dia 25, a Escola Técnica Estadual (ETE) José Rocha Mendes, na rua Américo Vespucci, completou 50 anos. Para comemorar a data, ocorreu cerimônia na sede do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, na Santa Efigênia, que festejou também o cinquentenário da ETE Martin Luther King, no Tatuapé, inaugurada na mesma data da escola da Vila Prudente.
Há 50 anos, no início do mês de abril de 1964, simultaneamente ao golpe militar, (sem nenhuma conotação) surgia no bairro o jornal a Gazeta da Vila Prudente (GVP). Seu proprietário e editor era o idealista Vicente de Paula Anconi (1931- 2007) que já publicava a Folha da Vila Ema há dois anos.
Há cerca de um mês, a empresa responsável pela segurança do Clube Escola Mooca, que fica dentro do complexo da Subprefeitura na rua Taquari, teve o contrato suspenso. Desde então a unidade não tem vigias para garantir a segurança dos equipamentos e usuários. Duas semanas atrás, o ginásio de judô foi invadido por homens que furtaram uniformes e um notebook. Outro problema é que o espaço virou abrigo de moradores de rua.
No início da noite da sexta-feira passada, dia 21, usuários que embarcaram na estação Vila Prudente, da Linha 2-Verde, levaram um grande susto ao chegarem à próxima parada, a Tamanduateí. Conforme relatos, houve pânico e correria, pois acreditaram que o trem estava pegando fogo.
Pichação nas pilastras de sustentação do monotrilho não é novidade, mas, nesta semana, chamou à atenção o vandalismo no alto da obra – onde teoricamente apenas os funcionários autorizados deveriam ter acesso, inclusive por questões de segurança. O trecho pichado fica próximo à futura estação Vila Prudente, onde há grande concentração de operários. Questionada, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô informou que a limpeza do local está sendo providenciada e que mesmo com todas as medidas de seguranças tomadas, atos de vandalismo e de pichação podem fugir do controle da vigilância.
Por cerca de 10 dias, a Via Sul, empresa responsável pela maioria das linhas de ônibus da região, se apossou de um trecho da avenida Jacinto Menezes Palhares, no Jardim Independência. Coletivos eram enfileirados em uma pista marginal da via, onde permaneciam parados dia e noite. O que revoltou ainda mais a vizinhança é que a empresa chegou a demarcar ilegalmente no chão as vagas para os ônibus.
No dia 30 de março de 1964, eu tinha acabado de fazer 15 anos. O rádio anunciava plantões dia e noite. Eu sabia que a situação era péssima. Depois do comício da Central do Brasil, que ouvi na íntegra a fala do presidente João Goulart, a perseguição começou de uma forma impressionante, amedrontando a todos. Eu morava na Mooca, um bairro de italianos e espanhóis operários. Todos os dias atravessava as fábricas para chegar à escola. Estudava no Colégio Estadual Antônio Firmino de Proença, onde também participava do Grêmio estudantil. O diretor da escola, o coronel Alfredo Gomes, não me via com bons olhos. E o professor de geografia, coronel Silvio Correia de Andrade, também chefe da Polícia Federal em São Paulo, não me suportava. Desde que participei da organização dos jogos Pan Americanos, em agosto de 1963, comecei a ser perseguido.