Amanhã São Paulo completa 460 anos e uma opção interessante para comemorar a data é resgatando um pouco da história da cidade considerada hoje o principal centro financeiro da América do Sul e o sexto município mais populoso do planeta. Esse resgate pode ser realizado no passeio nostálgico de trem por um trecho da ferrovia que fez da capital e do estado de São Paulo a grandeza que eles representam hoje no país.
O antigo e histórico prédio da creche Marina Crespi, na rua João Antonio de Oliveira, 59, na Mooca, que desde 2010 estava invadido por sem-tetos, foi desocupado totalmente na última quarta-feira, dia 22. O pedido de reintegração, determinado pelo juiz Rogério Murillo Pereira Cimino, da 28ª Vara Civil do Foro Central de São Paulo, partiu da instituição proprietária do prédio, a Fundação Ninho Jardim Condessa Marina Regoli Crespi. A ação, que foi pacífica, contou com o auxílio de 40 policiais militares, bombeiros e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que organizaram o trânsito nas proximidades.
Em 2013 a Prefeitura, por meio da São Paulo Obras – SPObras, começou a realizar a substituição de 6.500 pontos de ônibus. Os novos abrigos, custeados por uma concessionária em troca de anúncios nas paradas, são equipamentos mais modernos e seguros, com base de ferro, cobertura de acrílico e assentos de mármore. Mas tem gente que parece não se importar com a melhoria na qualidade dos pontos para os usuários dos coletivos. Nas últimas semanas um fato vem chamando a atenção dos moradores da região: alguns dos assentos foram furtados.
Motoristas e pedestres que passaram pela avenida Paes de Barros nas últimas duas semanas foram obrigados a enfrentar situações arriscadas na via. Alguns semáforos, inclusive de cruzamentos importantes, ficaram inoperantes durante vários dias, o que causou perigo aos condutores e transeuntes. O que chamou atenção, além da demora no reparo, foi a ausência de agentes de trânsito no auxílio ao tráfego. Em muitos trechos a única medida adotada foi bloquear os cruzamentos com cones, atrapalhando e surpreendendo quem passava pelos locais problemáticos.
Desde 2007, com a construção de uma área verde de lazer sobre a adutora do Rio Claro, na avenida Luis Ferreira da Silva, Vila Diva, a Folha cobra providências em relação ao abandono do campinho de futebol do espaço, que, apesar de contar com muros e traves, não recebe a manutenção correta. Porém, mesmo em estado precário o local é utilizado pelas crianças da comunidade, mas foi alvo de vandalismo no último domingo, dia 19. Segundo a vizinhança, o proprietário de um hotel, que fica em frente ao campinho, derrubou parte dos muros para abrir caminho para a entrada de carros no estacionamento do estabelecimento.
Toda a vez que o assunto é Patrimônio Histórico e suas variáveis, com certeza as pessoas tendem a ‘torcer o nariz’ e fica fácil de entender o porquê, pois além do nosso analfabetismo cultural crônico, há uma tendência a se ‘abandonar’ o imóvel que esteja protegido por algum órgão de preservação quando não se dá a este um reuso adequado, a ponto de se brincar com a palavra tombamento e levar o sentido ao pé da letra, de coisas que tombam por si só, seja pela ação do homem ou pelas intempéries do tempo, e não pelo sentido real que se quer aqui abordar, que é o de “um ato administrativo realizado pelo Poder Público com o objetivo de preservar, por intermédio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados”. Interessante que se leia mais a respeito, na excelente publicação ‘Tombamento e Participação Popular’, do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), do município de São Paulo.
Há uma expectativa sobre 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, ano de eleições. Estamos preparados para sediar a Copa? Os aeroportos e estádios, as instalações urbanas e os receptivos turísticos estão à altura do megaevento? Estas são algumas apreensões que temos visto, aliás, já há um bom tempo. Mesmo assim, não podemos fazer coro ao catastrofismo e achar que tudo vai dar errado. Foi positiva, sim, a iniciativa de se trazer para cá o grande mundial de futebol, mesmo que se diga que é em ano eleitoral, e que poderá favorecer essa ou aquela agremiação política etc.