A interdição da faixa da esquerda do viaduto do complexo viário da Anhaia Mello com a Salim Farah Maluf é um mistério. De acordo com o Metrô, os serviços do monotrilho no trecho foram encerrados em abril e o bloqueio permanecia, pois, a CET iria construir no local a continuação da ciclovia que será implantada ao longo do monotrilho na Anhaia Mello.
Questionado sobre a implantação do projeto e se há necessidade de a pista seguir interditada enquanto a ciclovia não é criada, o órgão de trânsito rebateu, há duas semanas, após meses de questionamento, a informação do Metrô e destacou que o local segue bloqueado por conta das obras do monotrilho.
Diante da resposta da CET, a Folha voltou a entrar em contato com o Metrô, que, por sua vez, reafirmou que não utiliza a faixa desde abril e que o pedido de interdição da mesma junto a CET venceu em junho, sendo assim, a responsabilidade pela liberação cabe ao órgão de trânsito.
A CET voltou a responde sobre o caso nesta semana e mais uma vez afirmou que a pista segue interditada por conta das obras do monotrilho no local. Enquanto os dois órgão não decidem de quem é a responsabilidade, quem sofre são os motoristas de carro, que com o bloqueio de um lado e a faixa exclusiva de ônibus do outro ficam espremidos na única pista restante do viaduto.
Alça de acesso continua bloqueada três anos depois
Em setembro de 2010, a alça de acesso da avenida Anhaia Mello, localizada sob o viaduto do complexo viário Senador Antonio Emygdio de Barros Filho, na junção com a avenida Salim Farah Maluf, foi interditada por conta das obras do monotrilho no trecho. Em abril deste ano, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô informou à Folha que não estava mais utilizando o local desde março e que sua liberação dependia apenas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Questionado na época, o órgão de trânsito destacou que “estava estudando a melhor forma de liberar a alça, considerando as atividades realizadas sob o complexo viário e as futuras ocupações viárias necessárias para viabilizar novas etapas de obras do monotrilho”.
Entretanto, cinco meses se passaram e o local, um importante retorno da principal avenida da região, continua bloqueado. A reportagem voltou a questionar a CET e o órgão informou que por conta de outras interdições na Anhaia Mello para obras do monotrilho, a liberação da alça ainda não é possível.