Na manhã de ontem o prefeito Fernando Haddad (PT) esteve no teatro Arthur Azevedo, na avenida Paes de Barros, na Mooca, para conhecer e vistoriar as obras de reforma do equipamento que acontecem desde julho do ano passado. A entrega está prevista para janeiro de 2014. Também participaram da visita o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira; o secretário de coordenação das Subprefeituras, Francisco Macena; e o subprefeito da Mooca, Francisco Carlos Ricardo.
Quando for reaberto, o espaço que está fechado desde setembro de 2011, em nada deve lembrar aquela velha sala de espetáculos com goteiras, poltronas apertadas, falta de acústica e tantos outros problemas. Além destas melhorias, o teatro contará com uma ala anexa com oficina de cenografia e uma sala multiuso que servirá para a formação técnica e poderá abrigar pequenos espetáculos alternativos. O custo aproximado da obra é de R$ 7,5 milhões.
“O teatro será totalmente remodelado. Terá acessibilidade garantida e poltronas para cadeirantes. O telhado foi trocado assim como toda parte hidráulica e elétrica. O espaço contará com um completo tratamento acústico, tanto nas portas como nas paredes. Pretendemos entregá-lo até o dia 20 de janeiro”, afirmou o secretário Juca Ferreira. O equipamento terá 360 assentos e contará com estacionamento com 27 vagas, sendo quatro para pessoas portadoras de deficiência física.
História
O Arthur Azevedo faz parte de um conjunto de três teatros construídos na década de 50, segundo um mesmo projeto padrão concebido pelo arquiteto Roberto José Tibau. Os outros dois são o João Caetano, na Vila Mariana, e o Paulo Eiró, em Santo Amaro. Eles surgiram como “teatros populares”, em bairros até então afastados do centro e ocupados por população operária. O Arthur Azevedo foi inaugurado em 2 de agosto de 1952. Em 1992 foi concretizado o tombamento do prédio pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural.
Defesa do Verde
Aproveitando a visita do prefeito Fernando Haddad, o presidente da Folha, Newton Zadra, e demais membros do Movimento Por um Parque na Mooca, que pleiteiam a criação de um parque no terreno de 100 mil m² na rua Barão de Monte Santo, entregaram ao prefeito uma carta com a reivindicação e o laudo da CETESB que atesta que o local pode receber a área verde. Atualmente a área pertence a uma construtora e está em fase final de descontaminação após ter sido utilizada por mais de 50 anos como depósito de combustíveis.
Questionado pela reportagem da Folha durante a coletiva, Haddad afirmou que irá aguardar a definição do novo Plano Diretor Estratégico (PDE), que será votado pelos vereadores. “A Câmara Municipal poderá demarcar áreas de proteção ambiental e áreas de habitação social na cidade. Tem que ser levado em consideração que a situação ambiental da Mooca no ponto de vista de áreas verdes é séria e o papel do Plano Diretor será organizar isso. A Câmara terá a partir do próximo dia 15, condições de corrigir esses desequilíbrios na cidade”, declarou o prefeito.