A luta de quase três anos da comunidade de Vila Ema para impedir a construção de um condomínio residencial na área de 17 mil m² que no passado foi uma chácara e ainda abriga 477 árvores, teve importante vitória no último dia 26. O Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CONFEMA), da Prefeitura, aprovou a desapropriação do espaço para implantação do Parque Municipal Vila Ema. O decreto publicado sábado, dia 27, no Diário Oficial, afirma que existe “viabilidade técnica e financeira”.
O terreno no número 1.523 da avenida Vila Ema, entre as ruas Batuns, Manoel Vieira Pinto e a Travessa São Frederico, pertence à Oregon Investimentos Imobiliários e o valor fixado para a desapropriação é de R$ 11.845.067,14. No espaço, a Tecnisa pretendia erguer quatro torres que somariam mais de 380 apartamentos.
“Foi justamente quando começou a movimentação da Tecnisa no espaço que ficamos alarmados com o futuro da vegetação. Organizamos três abraços simbólicos da área para despertar a atenção das autoridades, além de diversos outros atos públicos com faixas e cartazes que serviram para coletar adesões para o abaixo-assinado”, conta o morador da Vila Ema, Fernando Sálvio, que iniciou em 2010 o movimento em prol do parque e também criou o blog Viva o Parque (vivaoparque.wordpress.com). “Ficamos bastante satisfeitos com a notícia de que a desapropriação foi aprovada, mas, não vamos parar até o parque estiver pronto e o portão for aberto à comunidade”, avisa. Nos próximos meses está previsto inclusive mais um abraço no terreno.
A vereadora Juliana Cardoso (PT), que apoiou o movimento desde o início e foi autora inclusive do Projeto de Lei que reservou a área para implantação do parque, enfatizou a importância da luta comunitária. “A região está sofrendo grandes transformações com obras viárias e empreendimentos imobiliários, mas a bandeira dos moradores pela preservação dessa importante área verde mostra que o poder público tem que estar atento também às questões ambientais”, comentou. “A vitória é dos moradores da Vila Ema e de todos que participaram da luta”, destacou a vereadora.
Em entrevista exclusiva à Folha em maio passado, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Ricardo Teixeira, garantiu que a Prefeitura já tinha o dinheiro para a compra da área na Vila Ema, mas, afirmou que mesmo assim, o processo de implantação não será imediato. “Agora entramos na etapa do chamamento do proprietário para fazer o acordo da compra. Esse processo está encaminhado, mas, não quer dizer que é uma coisa que vai levar uma semana. Temos que chegar a um consenso, às vezes o proprietário não concorda e vai brigar na Justiça, então depositamos em juízo”, explicou. O secretário disse ainda que vencida a etapa da desapropriação, a comunidade será chamada para discutir o projeto do parque.
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muito boa essa notícia é de grande avalia e alegria para os moradores da região.
moro próximo a vila ema e adorei a ideia.
Espero que a Tecnisa tenha o bom senso de aceitar a oferta da prefeitura e permitir o real progresso da região.
Prezados
Se realmente irão fazer um parque, que seja totalmente cercado, com seguranças dia e noite, para o bem estar dos moradores. Por que o que vemos são inúmeros parques em verdadeiro abandono, dando margem, a drogados, mendigos, etc. Então vamos apoiar desde que temos retorno por parte das autoridades Municipais.
“Ficamos bastante satisfeitos com a notícia de que a desapropriação foi aprovada, mas, não vamos parar até o parque estiver pronto e o portão for aberto à comunidade”.
Isso. É assim que se faz.