Em setembro de 2010, quando foi iniciada a obra de construção do Pátio Oratório do monotrilho, no terreno que antigamente abrigou a fábrica das Linhas Corrente, comerciantes e moradores do Jardim Independência acreditavam que o projeto traria mais visibilidade para o bairro. Entretanto, prestes a completar três anos de serviços e com adiamentos na data de entrega, a população percebe que os transtornos causados por conta dos trabalhos no local não compensam uma possível valorização da área. Com inúmeros caminhões na obra a avenida do Oratório fica repleta de terra que, segundo a vizinhança, não é limpa corretamente.
“Tenho que lavar o meu comércio duas vezes por dia. Já conversei com o pessoal da obra e expliquei que do jeito que é feita a limpeza a poeira da terra está invadindo os imóveis vizinhos. Eles tinham que varrer essa terra e lavar com mangueira duas vezes por dia. Porém, só passam com um caminhão jogando água, o que acumula ainda mais terra na sarjeta e no canteiro central. De vez em quando eles limpam corretamente, mas isso acontece raramente”, comenta o dono de uma farmácia do trecho, Roberto Galvão.
Quem também reclama da situação é o serralheiro Luiz Antonio Chinelato. “Meu estabelecimento não sofre tanto com isso, já que também acumula muito pó. Entretanto, está insuportável andar aqui pela rua. Você fica com a sensação de garganta irritada o tempo todo. Eles tinham que lavar melhor essa sujeira”, destaca Chinelato.
Já um comerciante que preferiu não se identificar explica que quem sofre mais com o problema são os restaurantes e bares do trecho. “Como é que você vai vender comida em um local que está cheio de terra? Não falo que o movimento caiu, pois, funcionários da própria obra comem por aqui. Mas muitos clientes têm evitado a região. É uma falta de respeito fazer uma obra dessas, onde são gastos milhões, e não se preocupar com a limpeza da rua”, ressalta.
Pedestres
Não são apenas os comerciantes que reclamam. Quem caminha pela avenida do Oratório também critica a situação. “Andar por aqui dá a impressão que você está passando por um deserto. A boca fica seca e a garganta irritada. Desço no ponto de ônibus e ando pouco mais de
Outra pedestre que passa pelo local e sofre com a situação é a empregada doméstica Marta Oliveira Santos. “Eu até evito andar com roupa branca. Senão chego em casa marrom de tanta poeira que tem na avenida. Realmente, a sensação de boca seca e de garganta irritada chega a ser insuportável. Quando está sol eu prefiro descer do ônibus na Anhaia Mello e andar mais, do que ficar no ponto da Oratório e caminhar em meio a essa terra toda”, completa Marta.
A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, responsável pelo monotrilho, ressaltou que trabalha para minimizar qualquer impacto referente às suas obras e está sempre à disposição para atender a comunidade. Foi informado que o Consórcio Expresso Monotrilho Leste já foi notificado pelos engenheiros do Metrô para que intensifiquem a limpeza da avenida do Oratório mais vezes durante a semana.
Para finalizar, a Companhia explicou que para atender as manifestações dos moradores vizinhos das obras, disponibiliza canais de comunicação como o site: www.metro.sp.gov.br (link faleconosco) e a Coordenadoria de Atendimento à Comunidade, nos telefones 3371-7519 e 3371-7521/ 25 (horário comercial).
Que saudades de toda aquela área verde que tinha nessa região, quando era as Linhas Correntes, que quando desativada, deveria virar uma espécie de Pqe.do Ibirapuera, seria muito mais benéfico para a Comunidade.