Assim como em uma profecia o dia virou noite em plena tarde. Mas, não é necessário ter o dom dos grandes profetas para prever o cenário durante e após o temporal que desabou na tarde da segunda-feira, dia 18. Em uma das mais violentas enchentes da história da região, uma corredeira tomou conta da avenida Anhaia Mello arrastando carros, tapumes das obras do monotrilho e tudo mais que aparecesse pela frente. Graças ao empenho de bombeiros, policiais militares e quem mais conseguisse estender a mão para resgatar pessoas presas em veículos, não há informações de vitimas fatais ou gravemente feridas.
Na altura do número 1.800 da Anhaia Mello, equipe da Força Tática do 21º Batalhão de Polícia Militar enfrentou a correnteza para tirar pessoas de dentro dos automóveis alagados. A princípio foram acionados para socorrer um motociclista atingido por uma árvore. “Quando chegamos ao local, já estava inundado. Descobrimos que o motociclista tinha sido abrigado em uma agência de veículos, mas, outras pessoas estavam em perigo nos carros. Nos amarramos em uma corda e ficamos com água pelo pescoço. Em alguns pontos, não achamos o chão”, narra o soldado Alexandre, que estava com o soldado Edenilson e o sargento Gonçalves. “Quando a situação acalmou, nosso sargento, que já foi bombeiro, prestou os primeiros socorros ao motociclista e pudemos levá-lo ao hospital”, completa.
Victor Fazzani Ueno, de 17 anos, viu quando a árvore despencou e atingiu o motociclista. “Ele ficou caído e percebi que estava sentindo dor. Corri até ele, mas, começou a alagar. Então consegui traze-lo para a agência do meu pai”, conta.
Na tarde da terça-feira, a reportagem da Folha conversou com o motociclista Luziel Silva do Carmo, de 27 anos, que ainda estava internado no hospital estadual de Vila Alpina, onde passaria por cirurgia por causa da dupla fratura no braço. “Foi Deus que colocou essas pessoas na minha vida. Elas me salvaram. Na queda, minha mochila ficou enroscada na árvore. Foi o rapazinho da agência de carros que a soltou, eu não conseguiria fazer isso sozinho. Depois vieram os policiais que também foram maravilhosos. Quando sair daqui, quero agradecer todos eles pessoalmente”.
No mesmo trecho da Anhaia Mello, outros resgates de anônimos emocionaram. Um vizinho da agência de autos que abrigou o motociclista presenciou a ação de um caminhoneiro: “O motorista deu ré, pulou para carroceria e conseguiu puxar duas mulheres de dentro de um carro que já estava com água até as janelas”.
Quando a água baixou, o cenário era de destruição. Veículos batidos e amontoados, outros foram arrastados em meio a tapumes para as obras do monotrilho. Mas, uma das cenas mais impressionantes, foi o carro do Serviço Funerário, em meio ao caos, repleto de coroas e com o caixão que estava sendo transportado para o Crematório de Vila Alpina. Nem o descanse em paz funciona em São Paulo em dias de temporais.
😀 acho engraçado que com tudo isso, ele estão preucupados em ficar fazendo monotrilho e etc… a VP sempre foi assim e agora com as obras estão piores, fora este ponto de onibus que tem na avenida´, só que usa sabe o INFERNO QUE É…fora o transito que esta uma verdadeira DESGRAÇA no local…..PARABENS POR ACABAREM COM NOSSO BAIRRO…….que não tem espaço nem para agua mais..