Em menos de seis meses favela pega fogo pela terceira vez

Na tarde da segunda-feira, dia 18, em meio ao forte temporal que atingiu a região, parte do que restava da favela sob o viaduto Capitão Pacheco e Chaves, na Vila Prudente, foi atingida mais uma vez pelo fogo. Segundo informações de moradores, quatro moradias e um comércio ficaram totalmente destruídos. Eles acreditam que a causa do novo incêndio foi um raio que caiu nas imediações e a descarga elétrica correu pela fiação. Vinte homens do Corpo de Bombeiros trabalharam no controle das chamas, que durou cerca de uma hora. Esse é a terceira ocorrência na favela em menos de seis meses.

Em agosto do ano passado mais de 90 moradias foram destruídas pelas chamas e o local foi interditado. Quase um mês depois, o princípio de um novo incêndio atingiu outro imóvel. Mas, devido à demora para solução do caso daqueles que viviam na favela e não tiveram suas casas atingidas, portanto não receberam indenizações, 28 famílias resolveram voltar por conta própria para seus lares.

Em novembro do ano passado foi firmado entre os moradores, a Prefeitura e o Ministério Público (MP) que as famílias poderiam continuar na área por mais 90 dias. O prazo terminou no último dia 8 e um novo acordo, para mais três meses de permanência, foi acordado entre os moradores, por intermédio da vereadora Juliana Cardoso (PT), e a Prefeitura. A nova ata deste acordo foi entregue ao MP no dia do incêndio e ainda não há resposta se será acatado.

A intenção do novo prazo, segundo a Prefeitura e a vereadora Juliana Cardoso, é ganhar tempo para estudar a melhor forma de remoção e destinação das famílias.

A Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba confirmou que quatro famílias ficaram desabrigadas, mas, foram atendidas por equipes de assistência da região de Vila Prudente. Foi ressaltado ainda que o ocorrido já era previsto, segundo relatório técnico apresentado pela municipalidade, o que reforça a necessidade de remoção das famílias por questão de segurança das mesmas e da região, prevenindo danos humanos e materiais, como para a estrutura do viaduto Pacheco e Chaves.