Na tarde da última quarta-feira, dia 28, o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) anunciou mais sete nomes que irão compor seu secretariado a partir de 2013, entre eles, o vereador Chico Macena (PT) que comandará a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras. Macena é morador do Parque São Lucas e já foi administrador regional de Vila Prudente na gestão da prefeita Luiza Erundina.
Macena terá a importante missão de fazer a transição entre o atual modelo de subprefeituras, comandadas por coronéis da reserva da Polícia Militar isentos de ligações políticas e com funções restritas basicamente a serviços de zeladoria; para subprefeitos com vocação comunitária, conforme se comprometeu Haddad durante a campanha.
A indicação dos futuros subprefeitos deve voltar a ser feita por vereadores com forte base regional, mas, Haddad quer que os nomes propostos passem por um pente-fino com o objetivo de evitar que as administrações locais se transformem em escritórios políticos ou focos de escândalos de corrupção, reeditando ocorrências do passado.
Outra promessa de campanha de Haddad que caberá a Macena articular será a criação da 32ª subprefeitura da cidade, em Sapopemba. Atualmente o populoso distrito integra a Subprefeitura de Vila Prudente, que conta ainda com o São Lucas. A proposta é que a nova subprefeitura atenda especificamente o Sapopemba e tenha foco em programas sociais, principalmente para juventude, e na segurança pública, já que o distrito tem índices elevados de criminalidade.
Perfil
Formado em administração de empresas, Chico Macena tem 50 anos, é casado e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores na década de 80 e da direção do Instituto Cajamar de Formação Política, junto com o educador Paulo Freire.
Além de administrador regional na gestão da prefeita Luiza Erundina, assumiu a presidência da Companhia de Engenharia de Tráfego(CET), durante o mandato da prefeita Marta Suplicy.
Em 2004 foi eleito vereador e reeleito em 2008. Atualmente é líder da Bancada do PT na Câmara Municipal de São Paulo. Faz parte da Comissão Metropolitana de Política Urbana, desde 2005. Teve mais de 30 matérias legislativas aprovadas, como: a lei que cria um sistema cicloviário; a lei que regulamenta o entulho; a lei que regulamenta os helipontos e a lei de registro e preservação do Patrimônio Imaterial.
Macena concorreu à reeleição a vereador em outubro passado, mas, não conseguiu manter a vaga na Câmara. Ele também foi tesoureiro da campanha de Fernando Haddad.
LEGENDA FOTO: Durante visita a Folha em junho do ano passado, Chico Macena abordou a questão das operações urbanas previstas para a cidade, uma delas contempla 1.591 hectares na faixa que vai da Mooca até a Vila Carioca. “A população tem que participar da discussão e deixar claro quais são as prioridades da região”, destacou Macena na ocasião. “Essa operação envolve muito dinheiro e é a chance de conseguirmos pleitear o parque no terreno da Esso e a reurbanização da favela de Vila Prudente (ambos ficam na área da operação). A Prefeitura vai ter verba para isso”, completou o vereador que defendia ainda que uma comissão local fosse constituída para debater a operação.
Se existe algo que não se deve concordar é com isto.
O candidato foi eleito para representar o povo no legislativo e quando aceita um cargo destes, deixa sua cadeira para um que foi derrotado nas urnas.
Não quero defender ciclano ou beltrano, mas isto pra mim, tb é falcatrua.
Embora não seja pior que a do Senado. Ex. quem ocupa a vaga da Marta, recebeu algum voto?
bem, essa de “derrotado nas urnas” é relativa; pois não são considerados perdedores, mas sim suplentes, por ordem de quantidade de votos; é como ocorre em escolas e faculdades onde existe vestibular/vestibulinho; quase uma 2ª e 3ª chamadas.
Na Boa João.
A concorrência em vestibular é para conquista de uma vaga em universidades publica e, pelo que sei, todos nós pagamos.
Quem conquista uma vaga numa universidade não irá auferir salários e muito menos fazer qualquer representação popular no congresso.
Já um concorrente a uma cadeira no legislativo, irá receber salários, verbas adicionais e sabe Deus o que mais. Tudo isso, para apresentar propostas que melhorem nossas vidas.
Na minha opinião, aqueles que tinham uma cadeira e não justificaram o tempo de mandato que tiveram para fazer algo que por nós (como algumas celebridades), não foram reeleitos. Da mesma forma, aqueles que na campanha mostraram-se oportunistas, que tentaram entrar na política para faturar por 4 anos numa boa, também não forma eleitos.
Devido a isto, entendo que foram “sim” derrotados pelo povo. Infelizmente, o sistema ainda permite que laranjas podres voltem ao cesto, talvez para apodrecer as novas frutas.
É uma pena pois isto aconteça, justamente por ação daqueles que mais receberam votos de confiança do povo.