Na manhã da quarta-feira, dia 22, a candidata à Prefeitura pelo PPS, Soninha Francine, esteve no salão do Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Vila Ema, na rua Pinto da Luz, onde conversou sobre política com alunos do ensino médio do Colégio Leopoldo Brentano. Soninha também abordou seus planos de governo e respondeu perguntas dos estudantes.
O evento foi organizado pelo candidato a vereador Denílson Perozzo (PPS) e teve como intuito explicar aos jovens eleitores qual é a função do prefeito e dos vereadores. A palestra começou com a candidata perguntando se gostavam de política e a grande maioria afirmou que não. “Entendo vocês. Eu adoro política, mas ao mesmo tempo detesto e me irrito muito. São muitas notícias de corrupção e de desonestidade. Outro fator é que vocês estudam sobre tabela periódica e mitocôndrias, sendo que, apesar de importante aprender, boa parte não utilizará isso no futuro. Já a política, que faz parte da vida de todos, não está no currículo escolar”, comentou Soninha.
A maioria dos jovens mostrou desconhecer quais as funções do prefeito e dos vereadores. “Não adianta um candidato a vereador falar que vai fazer parque, vai fazer creche. Isso cabe ao prefeito. A prefeitura é o poder executivo, que executa as obras. Cabe ao poder legislativo cobrar, criar projetos e supervisionar os serviços”, explicou Soninha.
Na sequência da palestra Soninha falou sobre o problema do trânsito na cidade. “Temos seis milhões de veículos em São Paulo, sendo que um terço da população anda de carro diariamente, ocupando 80% da nossa malha viária. Algo tem que ser feito. Apóio o pedágio urbano, seria uma espécie de rodízio durante todo o dia, e não em horários específicos. Também daria a oportunidade de quem precisa fazer algo com o carro poder andar na cidade pagando R$ 3 do pedágio, ao invés de tomar uma multa de R$ 80. E não atrapalharia a vida de ninguém, já que a área proibida seria a região central, onde contamos com ônibus e metrô”, comenta. “O problema do transporte público está na periferia. E temos que garantir que este dinheiro do pedágio seja investido em melhorias no trânsito, criando uma espécie de fundo, o chamado recurso carimbado”.
Para finalizar, a candidata ressaltou a importância da criação de empregos nas extremidades da cidade. “Temos que dar incentivos fiscais para as empresas irem para as periferias. É um absurdo a pessoa ter que atravessar São Paulo para ir trabalhar. Isso acaba criando os bairros dormitórios, onde os moradores só ficam em casa na hora de dormir. Se tiverem emprego perto, a ausência dessas pessoas se locomovendo pela cidade também diminuirá o trânsito. Outro problema são as construtoras. A Prefeitura tem que intervir nas obras, não deixar que as construtoras decidam quais empreendimentos serão construídos. Desta forma, só saem do chão, nas regiões próximas ao Centro, edifícios de alto padrão, o que inviabiliza o trabalhador comum morar perto do serviço. Temos que espalhar os empregos e as moradias acessíveis por toda São Paulo”, completou Soninha.