Mais de 300%. Esse foi o percentual de aumento no número de acidentes envolvendo veículos com vítimas fatais na avenida Anhaia Mello, entre 2009 e 2011. O dado é da própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que elabora um ranking anual das vias mais perigosas da cidade. A Anhaia Mello, que em 2010 ocupava a décima posição, ao lado das avenidas Ragueb Chohfi e Marechal Tito, com 11 casos, subiu para a sexta colocação no ano passado, com 17 mortes, ficando atrás apenas das marginais, das estradas de Itapecerica e M’Boi Mirim e da avenida Jacu-Pêssego. Esta na frente das avenidas do Estado, Aricanduva e da gigantesca Sapopemba. Os números impressionam mais ainda se comparados com 2009, quando a Anhaia Mello teve apenas quatro casos com vítimas fatais.
De acordo com os dados da CET, a avenida teve em 2011 sete atropelamentos e dez acidentes com veículos que resultaram em mortes. Um destes casos foi matéria da Folha em setembro, quando o motociclista Carlos Henrique dos Santos, de 28 anos, faleceu após colidir com um Fiat Uno no cruzamento da Anhaia Mello com a rua Ibitirama, na Vila Prudente. No mês seguinte, outro caso foi noticiado no jornal: Jéferson Souza Dias e Diego de Jesus Duarte, ambos de 20 anos, morreram ao serem atingidos por um Ford Fusion quando atravessavam a via, durante a madrugada, próximo a rua Dianópolis, em frente à favela de Vila Prudente.
Tirando a Marginal Tietê, com os seus 54 acidentes e atropelamentos seguidos de morte em 2011, a Anhaia Mello chegou perto dos números da Jacu-Pêssego, 25, da Marginal Pinheiros, 23, e teve apenas um caso a menos do que as estradas de Itapecerica e M’Boi Mirim, que contabilizaram 18 vítimas fatais.
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