Não é de hoje que os residentes e comerciantes da Vila Ema reclamam dos roubos de casas, lojas e carros, mas, segundo a população local, o número de assaltos vem aumentando consideravelmente. “Não temos mais segurança dentro das nossas casas, quanto mais na rua. O problema é conseguir vender o imóvel. Tem gente que já está tentando sair daqui faz tempo, mas fica difícil vender algo com essa onda de crimes”, comenta a dona de casa, Marli, que mora próximo ao ponto final de ônibus na Vila Ema, na praça Emma Nothmann.
A situação é vivenciada por todos os moradores da redondeza da área verde. “Os assaltantes são da região e na grande maioria menores de idade. Isso nos deixa com mais medo, já que eles fazem o que querem. Todas as travessas da rua Águas de Lindóia sofrem com roubos de carros e casas. Sem falar que também servem como local de desova de veículos roubados”, ressalta uma mulher que se identificou como Isabella.
Porém, o que mais assusta a população é que a maioria dos crimes acontece em plena luz do dia, de manhã ou de tarde. “Na sexta-feira (dia 27), por volta das 16h30, estava saindo de carro com meu neto pequeno. O coloquei no banco e quando dei a volta para entrar no veículo, dois sujeitos de moto, armados, pararam e pediram minha bolsa. Assustada, dei a chave do carro, mas eles gritaram que não queriam o automóvel, arrancaram a bolsa do meu braço e foram embora. É a terceira vez que sou assaltada em três anos, a segunda na porta da minha casa. Nas outras vezes roubaram meu carro”, explica uma moradora da rua Luís Gonçalves, que por segurança não será identificada.
E não são apenas as vias de pouco movimento que viraram alvo dos criminosos, quem fica no ponto de ônibus da rua Solidônio Leite, na altura do número 2.050, também é vítima de assaltos. “Os moradores da Vila Ema utilizam muito este ponto. Só que de manhã cedo, por volta das 6h, o perigo é enorme. Motoqueiros passam e assaltam quem está esperando o ônibus, principalmente as mulheres. Na última semana ocorreram dois casos pelo menos”, denuncia o vendedor Ulisses Jorge.
O 19º Batalhão de Polícia Militar, que cuida de quatro quarteirões da Vila Ema, entre as ruas Juiz de Fora e Mossoró, informou que foi solicitado a Companhia do local que intensifique o policiamento na área. O 21º Batalhão, responsável pelo restante do bairro, não se pronunciou até o fechamento desta edição.