Na última semana a Folha trouxe matéria de capa sobre a preocupação dos moradores e comerciantes com ferrugens e vazamentos na adutora do Rio Claro, na avenida Sapopemba entre a avenida Luis Ferreira da Silva e a rua Planeta, na Vila Diva. Cobrada na ocasião, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que uma equipe técnica foi até o local no último dia 14 e fez a manutenção dos dutos. Entretanto, nesta semana a reportagem voltou ao trecho e ouviu da população que a Companhia havia consertado apenas parte dos vazamentos.
“Estiveram aqui, olharam apenas um trecho, taparam uns três vazamentos e foram embora. Mas o serviço é bem maior que isso. Toda a adutora está com ferrugem e com pontos onde a água vaza”, comentou Adilson Palma, que possui um bar na avenida Sapopemba.
Cobrada novamente pela Folha nesta semana, a Sabesp voltou ao local ontem para nova vistoria e serviços de manutenção. “Estamos fazendo a varredura de toda a adutora neste trecho e identificando os pontos com vazamentos. Depois lixaremos os locais com problemas, colocaremos chumbo e vedaremos com uma solução asfáltica. Este é o procedimento adotado nestes casos. Não podemos realizar a solda, pois o aquecimentos dos arrebites pode causar um estrago maior”, explicou o soldador responsável pela região, Marcelo Bueno. “Depois voltaremos a fazer a vistoria e se o problema não for resolvido, teremos que buscar uma nova alternativa no mercado para vedar a adutora”.
Segundo Bueno, os vazamentos e a ferrugem não podem causar o estouro dos dutos. “Esta adutora tem mais de 70 anos e o tempo causa essas corrosões, o que ainda não tinham acontecido nesta adutora, é novidade para nós. Mas esses corrimentos não levam a adutora estourar. O problema é de desperdício de água e por isso precisamos resolvê-lo. O que segura as placas de aço que formam os dutos são os arrebites e esses estão em perfeito estado”, ressalta Bueno.
Para finalizar, o soldador garantiu que os trechos subterrâneos da adutora, que tem 77 quilômetros de extensão e abastece mais de 1,5 milhão de pessoas, são acompanhados constantemente. “Toda a área aterrada é monitorada por um sistema tecnológico que detecta qualquer tipo de vazamento”, completa Bueno.
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